Do mais fácil ao mais difícil: o ranking dos grupos da Conmebol Libertadores 2021
Por Lucas Humberto
A chamada Pré-Libertadores está quase chegando ao fim e todos os grupos estão formados. O Santos confirmou seu favoritismo frente ao San Lorenzo, Grêmio foi eliminado pelo Independiente del Valle e, por fim, o Atlético Nacional (Colômbia) aplicou 4 a 1 no Libertad e está na próxima fase.
Percalços à parte, teremos oito chaves pela frente e confrontos de altíssimo nível. Analisamos e ranqueamos cada uma delas de acordo com a dificuldade. Confira como ficou:
Grupo B
Clubes: Olimpia (Paraguai), Internacional, Deportivo Táchira (Venezuela) e Always Ready (Bolívia).
O Internacional conseguiu escapar da maior pedreira possível em Libertadores: enfrentar times argentinos. Além disso, teoricamente, os comandados de Miguel Ángel Ramírez não deverão ter muitas dificuldades no grupo.
Olimpia, tricampeão do torneio, é o maior rival e pode imprimir dificuldades ao clube de Porto Alegre. Deportivo Táchira e Always Ready não possuem muita tradição em competições deste nível e a tendência é que sejam facilmente superados. Vale ressaltar que os bolivianos jogam na temida altitude de La Paz.
Grupo E
Clubes: São Paulo, Racing (Argentina), Sporting Cristal (Peru) e Rentistas (Uruguai).
A história do Racing na Argentina inclui um título da Libertadores, mas o clube não figura entre as potências do continente. O mesmo raciocínio pode ser aplicado ao Sporting Cristal. O Rentistas faz sua estreia na competição, mas deve ser encarado com seriedade, já que tirou o Peñarol do páreo. Diante do cenário, o bom plantel de Hernán Crespo ganha certo favoritismo, mas deverá ser cuidadoso.
Grupo H
Clubes: Cerro Porteño (Paraguai), Atlético-MG, América de Cali (Colômbia) e Deportivo Laguaira (Venezuela).
Embora o Galo enfrente concorrentes altamente qualificados no torneio, entra em campo como único vencedor da competição. América de Cali até conseguiu chegar na final, mas foi vice quatro vezes. Deportivo La Guaira, atual campeão venezuelano, deverá ser encarado com muita cautela pelos comandados de Cuca. Cerro Porteño, ainda que seja altamente conhecido na América do Sul, não conseguiu grandes feitos na Libertadores, mas também pode deixar o Atlético-MG em apuros, já que conta com bons nomes em atividade, como Boselli e Jean.
Em linhas gerais, não é um grupo fácil, mas está longe de estar entre os mais difíceis.
Grupo A
Clubes: Palmeiras, Defensa y Justicia (Argentina), Universtario (Peru) e Independiente Del Valle (Equador)
Daqui para frente não tem vida fácil. O duelo contra o Defensa y Justicia será, sem sombra de dúvidas, um dos mais aguardados pelos torcedores, após revés do Alviverde na Recopa. O clube equatoriano chega embalado depois de ter eliminado o Grêmio e pode causar dificuldades ao Palmeiras e demais clubes do grupo. O Universitario foi vice-campeão peruano em 2020. A ausência do Imortal na chave não faz perder em nada a dificuldade dos confrontos.
Grupo C
Clubes: Boca Juniors (Argentina), Barcelona Guayaquil (Equador), The Strongest (Bolívia) e Santos.
Barcelona e The Strongest costumam dar trabalho na Libertadores, sendo que este último também manda seus jogos em La Paz, conhecida pela altitude. O Boca Juniors tem seis Libertadores no currículo e sempre é um dos times mais temidos no sorteio. O reformulado Santos de Ariel Holan terá Soteldo e Marinho como seus principais jogadores, mas os sempre conhecidos 'Meninos da Vila' marcarão presença na disputa. Nível altíssimo na chave e ninguém deve ter vida fácil...
Grupo F
Clubes: Nacional (Uruguai), Universidad Catolica (Chile), Argentinos Juniors (Argentina) e Atletico Nacional (Colômbia).
A chave menos discutida pelos torcedores, visto que não conta com nenhum clube brasileiro integrante. O Nacional, conhecido pela histórica rivalidade com Peñarol, é tricampeão da América. A Universidad Católica é um dos times mais tradicionais do Chile e já chegou à semifinal da competição quatro vezes. Argentinos Juniors revelaram Maradona ao mundo do futebol e também tem uma Libertadores na conta - venceu em 1985. O Atlético Nacional, por sua vez, tem duas taças do continente na galeria, sendo que a mais recente foi conquistada em 2016. Muita tradição envolvida...
Grupo G
Clubes: Flamengo, LDU (Equador), Vélez Sarsfield (Argentina) e Unión Calera (Chile).
Com exceção do Unión Calera, que chega como franco-atirador, Flamengo, LDU e Vélez Sarsfield devem protagonizar duelos duríssimos. Um dos adversários que mais colocou dificuldades na campanha de 2019 do Rubro-Negro foi justamente o clube equatoriano, que tem a altitude do Quito ao seu favor. Os argentinos da chave também são tradicionais e 'casca-grossa'. Os comandados de Ceni até podem entrar com certo favoritismo, mas não terão caminho facilitado.
Grupo D
Clubes: River Plate (Argentina) Independente Santa Fe (Colômbia), Fluminense e G3 (Bolivar ou Jr Barranquila).
Tradição, altitude, confrontos históricos na bagagem... nenhuma chave foi tão 'Libertadores' quanto o Grupo D. O River Plate é conhecido mundialmente pela qualidade e genialidade do treinador Marcelo Gallardo. Os outros dois prováveis adversários do Fluminense jogam em altitudes complicadas, sendo que o Independente manda seus jogos em Bogotá (2.600 metros) e o Bolívar, que está em vantagem frente ao Júnior Barranquila, terá La Paz (3.640 m) como palco dos duelos. O Tricolor também se preparou para o torneio e contratou vários reforços.