Douglas Costa de volta ao Grêmio: bom ou mau negócio?
Por Fabio Utz
Ao que se sabe, dentro do ambiente do Grêmio apenas o técnico Renato Portaluppi é entusiasta de um possível retorno de Douglas Costa - e alguns jogadores, é bem verdade. A direção, a princípio, não pensa em dar uma nova chance ao atleta que 'desdenhou' do clube e a da torcida quando do rebaixamento tricolor, em 2021.
Obviamente, os dirigentes irão ouvir o que o jogador, que pediu uma reunião para esta quinta-feira, tem a dizer. Se Serão convencidos de que vale a pena o investimento? Dificilmente. E aqui, eu opino: só tem um jeito de começar a se pensar em dar mais uma chance ao profissional dentro da Arena.
Ele teria, obviamente, que abrir mão da dívida de mais de R$ 7 milhões - a ser paga pelo Tricolor a partir de janeiro - oriunda de sua rescisão, fazer um pedido público de desculpas aos torcedores e, ainda, adequar seu salário a uma nova realidade, abaixo das principais lideranças do plantel.
Não estou falando aqui em jogar de graça, pelo contrário. Mas, sim, em fazer dele um integrante comum do elenco, à altura do futebol apresentado nos mais recentes anos de sua carreira. Douglas Costa, pela idade, poderia estar no auge, mas não está. Além disso, as seguidas lesões há, no mínimo, cinco anos, atrapalham a rotina e o aproveitamento do meia-atacante. Então, não há razão nenhuma mais para tratá-lo como estrela.
Se o atleta aceitar essas condições e as mesmas forem clareadas para quem está do lado de fora, bom, daí vale a contratação. Do contrário, será um mau (péssimo, aliás) negócio, que vai na contramão de tudo o que o novo Conselho de Administração do Grêmio vem fazendo em pouco mais de um mês de gestão.
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