E aí, CBF? Thiago Alcântara revela bastidores da escolha pela Fúria, mas confederação foi, no mínimo, negligente
Por Fabio Utz

Thiago Alcântara, atual campeão da Champions League com o Bayern de Munique e recentemente comprado pelo Liverpool por 30 milhões de euros, passou a maior parte da vida na Europa. Muito embora sua família seja de origem brasileira e, por isso, tenha carinho pelo país, disse, em entrevista ao jornal As, que a escolha por defender a seleção espanhola ocorreu de forma natural. Mas, segundo seu pai, o tetracampeão Mazinho, a CBF tem culpa no cartório.
imagina o Thiago Alcântara na seleção Brasileira??? pecado não jogar por nós?
— Cauãᶜᵃᵐ (@iamcauaraujo) March 10, 2021
Ano passado, em entrevista à ESPN, ele revelou que seu filho foi convidado a defender a Fúria quando tinha 16 anos. "Eu não queria que ele jogasse na seleção espanhola, nós somos brasileiros, eu vinha com a minha carreira na seleção brasileira, e o sonho do brasileiro é vestir a camisa da seleção. Então eu fui para a CBF para falar sobre a situação do Thiago e de outros jogadores que eram garotos que poderiam ter um acompanhamento das seleções de base da seleção brasileira", disse.
Thiago Alcântara esbajando talento ao lado de Rodri no treino da Seleção Espanhola. Esse cara é um absurdo jogando bola...pic.twitter.com/xnkXTOfrcu
— Sala12 (@OficialSala12) September 1, 2020
O retorno da entidade, porém, foi surpreendente. "A primeira resposta que tive da CBF é que os jogadores que eram formados fora do Brasil não vestiriam a camisa da seleção. Infelizmente a política na CBF era essa, e, graças a Deus, na seleção espanhola ele jogou em todas categorias e hoje segue com a seleção principal", completou.
Se Gerson e Thiago Alcântara jogassem pela seleção brasileira já seríamos hexa
— Vitor Hugo (@vitorug0c) March 10, 2021
Aos 29 anos, o meio-campista só passou por time grande - Barcelona, Bayern e, agora, Liverpool. Tem títulos para dar e vender ao longo da carreira e atingiu seu auge justamente quando poderia estar a serviço da seleção brasileira. Se arrependimento matasse, possivelmente a entidade que comanda o futebol verde-amarelo já estaria com uma pá de cal sobre ela. Sabemos que a confederação nunca foi pródiga em valorizar o seu "futuro" e realmente criar uma atração aos jovens. No entanto, não se desdenha assim de talentos, a menos que exista uma forte politicagem por trás para, depois, se colocar a culpa em quem, apenas, foi vítima.