É do jogo! Renato Gaúcho acertou ao rodar o elenco do Flamengo contra o América-MG
Por Antonio Mota
O Flamengo não foi bem e apenas empatou com América-MG em 1 a 1, no Independência, na manhã do último domingo (26), pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Rubro-Negro Carioca perdeu uma posição na tabela da Série A – foi ultrapassado pelo Fortaleza e agora é o último time dentro do G-4 – e também uma bela chance de se aproximar do líder Atlético-MG e do vice Palmeiras.
Naturalmente, após o tropeço, o Fla recebeu uma chuva de críticas. Muitas delas compreensíveis: o time do Rio de Janeiro, de maneira geral, não foi bem em Belo Horizonte. Faltou organização, compactação, velocidade, criatividade, eficiência, agressividade e intensidade. Faltou 'tudo'. Outras queixas, porém, fogem da razão: Renato Gaúcho fez muito bem em poupar (rodar) o elenco contra o América-MG.
Com foco nas semis da Conmebol Libertadores, Renato optou por desfigurar o Flamengo e mandar a campo no Independência um time quase reserva, com nove jogadores que não são vistos como titulares. Willian Arão e Bruno Henrique foram as exceções. E fez certo. O Fla jogou às 11h da manhã do domingo, 26, e embarcou na manhã desta segunda-feira, 27, para o Equador, onde vai encarar o Barcelona SC, quarta-feira, 29, tentando avançar à final da copa continental.
O calendário ‘maluco’, o pouco tempo para descansar e as viagens constantes obrigam o treinador a rodar a equipe. É natural. É imprescindível. É vital para um Flamengo que disputa três competições pesadas (Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores) em uma reta final de temporada. Isso, porém, não quer dizer que o desempenho contra o América tenha sido aceitável. Pelo contrário. O Fla tinha condições de vencer em BH, mas não foi bem e deixou dois pontos pelo caminho.
Renato Gaúcho acertou ao poupar o elenco para a Libertadores, e isso, caso o Flamengo continue avançando nos mata-matas, deve se repetir nos próximos meses. É do jogo. Ou melhor, é de um jogo que se faz cada vez mais corrido e exigente. O que não é normal e não pode acontecer é o Fla cair tanto de produção e depender tanto do individualismo como no último final de semana.
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