É só coincidência? O que tem em comum o Grêmio de 2004 com o Grêmio de 2021
Por Fabio Utz
Por que o Grêmio está caindo para a segunda divisão? Talvez por seguir à risca a chamada cartilha do rebaixamento. Veja cinco pontos em comum entre 2004, ano da última queda do clube, e 2021.
1. Aclamação do presidente
Romildo Bolzan Júnior viu o Conselho Deliberativo do Grêmio encontrar uma brecha estatutária para lhe garantir um terceiro mandato (2021-2023), que veio sem qualquer tipo de candidato oposicionista depois que um acordo com a maioria dos movimentos políticos foi selado. Lembrando que em 2004 Flávio Obino estava em seu último ano de gestão depois de ser escolhido por aclamação para ser o mandatário azul na passagem do primeiro centenário da instituição.
2. Número de técnicos
O Grêmio está em seu quarto técnico no ano - Renato Portaluppi, Tiago Nunes, Luiz Felipe Scolari e Vagner Mancini. O número é o mesmo de 2004, quando Adilson Batista, José Luiz Plein, Cuca e Cláudio Duarte estiveram no banco de reservas azul.
3. Repetição de dirigentes
Dois integrantes do atual Conselho de Administração do Grêmio eram vice-presidente do Tricolor na gestão 2003-2004. Estamos falando de Adalberto Preis e Duda Kroeff.
4. Busca por um ícone
Em meio ao caos que foi 2004, o Grêmio tirou do bolso a fórmula mágica para curar os seus problemas: levar para dentro do vestiário um ícone de sua história, no caso, o ex-presidente Hélio Dourado, que se tornou vice de futebol. Agora, a primeira tentativa foi com Felipão, ídolo da torcida, e mais recentemente com Dênis Abrahão, dirigente que tem origem na vitoriosa década de 1990.
5. Sem mando de campo
Se em 2004 a revolta da torcida após um Gre-Nal no Olímpico, até com o carrinho do pipoquieiro sendo atirado ao gramado, causou a interdição do estádio e obrigou o time a jogar no interior, em 2021 a equipe ficou sem a possibilidade de ter o apoio da sua torcida nas mais recentes rodadas depois que vândalos invadiram o campo da Arena e quebraram o equipamento do VAR.