Edenilson protesta após perícia final em caso de injúria racial envolvendo Rafael Ramos

Meio-campista acusa o lateral de injúria racial
Meio-campista acusa o lateral de injúria racial / Silvio Avila/GettyImages
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O meio-campista do Internacional Edenilson usou suas redes sociais nesta quarta-feira (8) para criticar a conclusão do Instituto Geral de Perícias (IGP) em relação ao fato do laudo que informou não ser possível identificar o que o lateral Rafael Ramos, do Corinthians, falou para ele no jogo disputado em Porto Alegre no último dia 14 de maio.

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Punho cerrado é um símbolo da luta antirracista e assim Edenilson comemorou gol contra o Independiente Medelín pela Copa Sul-Americana / SILVIO AVILA/GettyImages

"Não iriam nos calar? Já nos calaram. Se ofendidos, aceitem, engulam a seco. Finjam que não escutaram, é uma luta desleal, é uma luta inconclusiva", escreveu o jogador nos stories do seu Instagram, acompanhado com uma foto sua com a boca tapada por um X. Além disso, o camisa 8 acrescentou o nome "macaco" em sua biografia e removeu todas as publicações.

Edenilson acusa o lateral português de injúria racial. Já Rafael Ramos se defende argumentando que o jogador do Inter "entendeu errado" sua fala durante o segundo tempo do jogo válido pelo Brasileirão.

Na época, o árbitro da partida Braulio da Silva Machado registrou na súmula o ocorrido. O documento serviu como base para prisão em flagrante do atleta do Timão. Rafael foi detido após a partida, prestou depoimento e pagou fiança de R$ 10 mil. Após ser liberado, concedeu entrevista e afirmou que a denúncia feita por seu adversário teria sido "puramente um mal-entendido".

Próximos passos do caso Edenilson x Rafael Ramos

De acordo com o ge, houve o estudo de alguns vídeos para analisar os movimentos da boca do lateral português e, segundo o texto divulgado pelos peritos, "por essas razões, é impróprio que a perícia criminal oficial do Estado afirme, com responsabilidade do ponto de vista processual e científico, o que foi proferido pelo jogador na cena questionada".

A investigação corre na 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. O documento de 40 páginas elaborado pelo IGP será usado para concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público. Cabe ao MP dar andamento na Justiça ou arquivar o caso. A previsão é que tudo seja finalizado em até 30 dias.

"Vamos juntar a perícia contratada pelo Edenilson e pelo Rafael Ramos, e aí tem a questão da palavra da vítima, ver o que tem de prova, que não seja suposição. Em princípio não vai ter indiciamento."

Ana Luiza Caruso, delegada responsável