Em crise de confiança, Atlético de Madrid terá na Champions sua última chance de dar um alento ao torcedor
Por Lucas Humberto
Grande decepção do futebol espanhol na temporada, o Atlético de Madrid saiu do topo de uma emocionante edição de LaLiga para sofrer acachapantes derrotas em outra. Trouxe Griezmann, Rodrigo de Paul, manteve a base campeã e mesmo assim está afundado numa crise que vai muito além das quatro linhas. A questão colchonera passou a ser de confiança. Ou melhor, da falta dela.
Antes de desembarcar no Wanda Metropolitano, nesta quarta-feira (16), o Levante tinha uma vitória na conta. Agora são duas. Diante do atual campeão local e sua torcida, Gonzalo Melero foi às redes. Venceu quem fez por onde. Os rojoblancos encerraram a partida com mísero um chute no alvo. Numa semana pautada pelas discussões acerca do futebol covarde, aqui está um prato cheio.
Para completar, Matheus Cunha, que vinha sendo a principal arma de Diego Simeone, sofreu uma entorse de alto grau no ligamento lateral interno do joelho direito. Conforme informações da imprensa espanhola, o brasileiro deve ficar fora dos gramados por dois meses. Bem, uma situação ruim sempre pode ficar pior, certo?
Eliminado da Copa del Rey e fora do páreo por LaLiga, resta ao Atleti focar no torneio mais competitivo do mundo em termos de clube: a Champions League. Há chance dos colchoneros venceram a Orelhuda? Remotas, mas sempre existem. Contudo, ao mesmo tempo em que a crise do clube vai muito além das quatro linhas, também são necessárias várias camadas para resolvê-la.
E a primeira delas será na quarta-feira (23), contra um Manchester United que, ironicamente ou não, também não vive o melhor dos seus momentos. Até agora, os rojiblancos não oferecem nada ao seu torcedor. Não há confiança, técnica ou personalidade. A crise - ou má fase, se preferir - vai muito além dos 90 minutos. Antes de agir jogar como um time, é preciso agir como um.