Em entrevista, John Textor critica PSG e promete Lyon protagonista na França
Assim como fez no Botafogo, John Textor chega ao time do Lyon como acionista majoritário com a promessa de reconstruir a identidade do clube e promover o retorno do protagonismo do escudo que já foi sete vezes campeão consecutivo da Ligue 1. Para isso, o empresário norte-americano fala, por exemplo, em “mudar as regras” do jogo na França, sobretudo através de negócios ligados à tecnologia.
"Eu acredito que as regras vão mudar. É como se o PSG fosse o único time francês, para quem vê de fora, mas eu sei que não é verdade."
- afirmou Textor.
O empresário ainda criticou um dos programas do PSG, a PSG Academy, que estabeleceu a criação de escolinhas de futebol em diferentes lugares do mundo, mas que, segundo Textor, é problemática porque não possuem vínculos com o time profissional.
"O Paris veio para a Flórida com esse programa estúpido, a PSG Academy, colocando camisa em todo mundo. O pessoal do PSG criou o programa, a licença, e me disseram que nenhuma criança iria ao PSG. Eu pensei: ‘Por quê? Por que dizer isso?’ "
- criticou o empresário.
Como deixou claro em entrevista concedida ao jornal L’Equipe, o empresário citou a captação de talentos como uma das estratégias para competir e equiparar sua equipe ao rival da capital francesa: 'temos que achar jogadores que eles não conseguem achar'.
Dessa forma, apesar de não dar detalhes sobre a montagem do elenco já para a temporada 2022/23, a construção de um plantel competitivo capaz de bater de frente com o Paris Saint-Germain é um das pontes que estão sendo construídas, sobretudo para colocar à prova o domínio da equipe de Neymar, Messi e Mbappé na França.
"Por que vir à Flórida, onde há latinos, e dizerem que nenhuma dessas crianças estará no time? Por que estão aqui? Para vender camisas? Se eu posso encontrar 11 jogadores no mundo que você não pode achar ou comprar, nós podemos te vencer. Nós (Lyon) não vamos vencê-los todo ano, mas o Lyon já venceu o PSG antes."
- questionou Textor.
Voltar à Champions League é o maior objetivo do time hoje, segundo Textor. Para isso, o empresário buscará o aumento das receitas do clube. Quanto a uma possível negociação de Lucas Paquetá, John acabou saindo pela tangente, reconhecendo a qualidade do jogador da Seleção Brasileira e afirmando não ser responsável por este tipo de decisão.
"Jean-Michel Aulas (presidente do Lyon) é incrível. Ele me mantém informado, está fazendo um grande trabalho para preparar o time para os próximos dois, três anos. Tenho detalhes, mas ele não me pergunta: ‘Tenho que vender Paquetá?’ É um importante jogador, e eu não tomo essas decisões."
- afirmou ao L’Equipe.