Em final eletrizante, Barcelona vence Wolfsburg de virada e conquista bi da Champions Feminina
Por Nathália Almeida
Resiliência: substantivo feminino
1. capacidade de superar e de recuperar de adversidades.
Na tarde deste sábado (3), o Barcelona Feminino foi resiliente e buscou forças "de dentro" para mudar a história da grande final da Champions League, jogo que, ao final da primeira etapa, parecia encaminhado para o Wolfsburg.
Representante vitorioso da forte escola do futebol feminino alemão, o Wolfsburg saiu na frente na Philips Arena e chegou a abrir vantagem de 2 a 0 na final continental, através dos gols das artilheiras Ewa Pajor e Alexandra Popp. As Lobas terminaram o primeiro tempo com apenas três finalizações, mas foram bem mais letais que as rivais catalães, que controlaram a posse de bola e tiveram bem mais volume ofensivo, mas não conseguiram vazar a meta de Merle Frohms.
Mas o Barcelona não desistiu da partida em momento algum, e de fôlego renovado na segunda etapa, foi à luta e não tardou nada para igualar o marcador: em apenas 5 minutos, balançou as redes duas vezes com Patri Guijarro, pulverizando a vantagem das Lobas em apenas duas investidas.
De 2 a 0 para 2 a 2, o Barça mudou completamente a atmosfera do Philips Stadion em Eindhoven, acordando sua torcida presente no estádio e aumentando ainda mais a pressão sobre o Wolfsburg. Acuado, o time alemão não conseguiu reagir e acabou sofrendo o terceiro gol em um erro grave de seu sistema defensivo: as zagueiras Hendrich e Janssen "bateram cabeça" na pequena área e a bola sobrou limpa para a camisa 9 blaugrana, Mariona Caldentey, selar a virada.
A remontada selada em solo holandês coroa mais uma temporada histórica para o Barcelona Feminino, campeão espanhol com 28 vitórias em 30 rodadas e incríveis 108 gols de saldo. Doblete para as catalães em 2022/23 e bicampeonato europeu para a equipe do Camp Nou, que havia ficado com o "gosto amargo" do vice-campeonato continental diante do Lyon na final passada.