Em meio a notas protocolares, ação do Cruzeiro no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+ emociona
Por Nathália Almeida
![Michelle é uma mulher trans, apaixonada por futebol e pelo Cruzeiro Michelle é uma mulher trans, apaixonada por futebol e pelo Cruzeiro](https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_crop,w_4000,h_2250,x_0,y_71/c_fill,w_720,ar_16:9,f_auto,q_auto,g_auto/images/GettyImages/mmsport/90min_pt-BR_international_web/01g6nc23ywdvn1tmqg2n.jpg)
Nesta terça-feira, 28 de junho, celebramos o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+. Como explicamos neste outro artigo, trata-se de uma data marcante na história de luta e resistência desta comunidade, tão perseguida e marginalizada em nossa sociedade até os dias de hoje.
O nosso futebol brasileiro - que ainda tem um longo caminho a percorrer quando o assunto é diversidade, respeito e inclusão -, deu alguns bons exemplos nas primeiras horas deste dia 28 de junho, com alguns posicionamentos públicos importantes. Outras notas protocolares, no entanto, não trouxeram a verdade com a qual o tema merece ser tratado. Contudo, nenhuma ação, ao menos até aqui, emocionou e foi tão fundo quanto à iniciativa do Cruzeiro.
Ouvindo e trazendo para dentro de casa o seu principal coletivo LGBTQIAP+ de arquibancada, o necessário "Marias de Minas", a Raposa contou a história de Michelle, mulher trans apaixonada pelo clube mineiro. Em um relato emocionante, ela conta sua vivência de arquibancada, sua transição, agressões sofridas e o apoio incondicional de sua mãe, além do imutável amor pelo Cruzeiro. Confira:
🏳️🌈 No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, o Cruzeiro dará diversas demonstrações de apoio. Mas, além do apoio, é preciso colocar o dedo em feridas que são criadas por todos nós.
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) June 28, 2022
Não tem Dia do Orgulho sem que repensemos como a ausência de respeito machuca repetidamente. pic.twitter.com/3dXiVgAIet
Michelle é um símbolo de luta em sua existência, afinal, ocupa e reivindica um espaço que infelizmente ainda é muito agressivo para transgêneros e outras minorias: o futebol. Vivemos no país que mais mata pessoas LGBTQIAP+ no mundo por crimes de ódio, estatística dolorosa, mas que não nos faz recuar: Michelles, Richarlysons, Martas e tantos outros seguirão existindo. E resistindo.
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