'Era Andrea Agnelli' chega ao fim e Juventus tem novo presidente; clube italiano é alvo de investigação judicial
Por Fabio Utz
A quarta-feira (18), pode se dizer, é histórica para a Juventus. Ela fica marcada pelo fim da era Andrea Agnelli à frente do clube após 13 anos. Em seu lugar, assume o italiano Gianluca Ferrero de 60 anos, empresário e Consultor Técnico do Juiz do Tribunal de Turim.
Agnelli deixou o clube - justamente em um 2023 que marca o 100º aniversário da família no comando da Juve - oficialmente por causa das diversas acusações de fraudes que estão sendo investigadas pela Justiça da Itália. A Velha Senhora é suspeita de ter manipulado o mercado ao divulgar informações financeiras tendenciosas e de ter produzido faturas de transferências inexistentes no período entre 2018 e 2021. Com isso, teria lucrado mais de 150 milhões de euros como esquema.
"Hoje é o fechamento de um capítulo da história da Juventus. Meu trabalho sempre foi tentar entender o contexto e assim conseguir liderar as operações da companhia. Nós temos um negócio que é estratégico, global e com fãs pelo mundo, mas não houve resposta certa dos reguladores, que não compreendem a diferença entre jogo e indústria."
- Andrea Agnelli, ex-presidente da Juve
O então vice e ex-jogador Pavel Nedved, o diretor-geral Maurizio Arrivabene e outros integrantes da alta cúpula também deixaram seus cargos na Juventus. "Sei o quanto você ama a Juventus, o quanto você se sacrificou. Foi uma honra trabalhar ao seu lado", disse Nedved a Agnelli.
Esta não é a primeira vez que o clube se vê envolvido em problemas extracampo. Sua participação no Calciopoli, esquema de manipulação de resultados no Campeonato Italiano durante a temporada 2004/2005, resultou no rebaixamento da equipe à segunda divisão no ano seguinte.