5 erros que Dorival Júnior precisa corrigir para o jogo do Brasil contra o Uruguai
- Seleção voltou a apresentar deficiências na construção de jogo
- Falta de apoio e aproximação dificultaram atuação de Vinícius Júnior
O Brasil voltou a decepcionar o seu torcedor na Copa América com atuação muito negativa no empate por 1 a1 diante da Colômbia, resultado que deixou a Seleção Brasileira em 2º lugar no Grupo D da competição continental. Pelo fato de ter fechado a fase de grupos atrás da Colômbia, a equipe canarinho enfrentará o Uruguai nas quartas de final.
Contudo, o técnico Dorival Júnior precisará promover novos ajustes na Seleção Brasileira para evitar que a equipe comandada por Marcelo Bielsa confirme o seu favoritismo no próximo sábado (6), a partir das 22h (de Brasília), em Las Vegas (EUA). Mesmo que mantenha a invencibilidade de sete jogos no comando da Seleção Brasileira, o domínio demonstrado pela Colômbia (principalmente no 2º tempo) ligou um sinal de alerta para sequência da Copa América.
O 90min preparou uma lista a seguir sobre quais os principais erros que Dorival Júnior precisa corrigir antes do duelo contra o Uruguai.
1. Ajustes na saída de jogo
O Brasil voltou a demonstrar problemas consideráveis nas saídas de jogo com muitas bolas perdidas ainda na fase inicial, apostando novamente em alongar bolas para os pontas. A Seleção atacou em espasmos, sem muita articulação, dependendo do acionamento dos atacantes na velocidade para apostar na individualidade. Dorival Júnior possui sete jogos no comando da Seleção Brasileira, mas necessita de mecanismos para sair com a bola bem trabalhada para evitar a falta de apoio e principalmente de aproximações entre os setores.
2. Vini Jr isolado
Vinícius Júnior teve uma atuação discreta diante da Colômbia, pois foi muito pouco acionado pelo meio-campo, sem dar trabalho para os colombianos quando iniciou o jogo pela esquerda. A situação permaneceu a mesma quando ficou mais por dentro, fechando a partida com apenas 28 ações com a bola. Parte da situação citada acima com a falta de aproximações ajuda a entender este problema, mas o camisa 7 mais uma vez foi displicente ao tentar comprar "briga" com a arbitragem em diversas situações, recebendo o cartão amarelo suspensivo logo aos 6 minutos de jogo ao cometer uma falta.
3. Ligação direta
Com muita dificuldade na saída de jogo, a Seleção Brasileira recuou diversas bolas para Alisson, expondo o goleiro ao perigo da marcação alta colombiana, enquanto a defesa tentava inverter os lados sem conseguir encontrar opções de passe devido às atuações fracas de Rodrygo, Paquetá e Bruno Guimarães. De acordo com o banco de dados da Opta, o Brasil utilizou da bola longa como recurso em 15% das situações de ataque, marca inédita desde um amistoso contra o Chile em 2015, quando Dunga era o treinador da equipe.
4. Vinícius Jr suspenso
Sem poder contar com Vini, craque do time, Dorival Júnior terá que pensar em soluções criativas. Uma opção é deslocar Rodrygo para a esquerda e colocar Endrick no meio. Gabriel Martinelli e Pepê gostam de jogar na esquerda, mas Savinho foi o reserva mais utilizado até agora. Porém, nenhuma das soluções apresentadas seria a ideal. Rodrygo não oferece a mesma velocidade e penetração de Vinícius Júnior nas laterais. Martinelli está sem ritmo e Pepê ainda não foi testado. Savinho exigiria uma reformulação dos padrões ofensivos do Brasil, e por fim, Endrick rende melhor como centroavante, e se ele for escolhido é preciso mudar o esquema atual, que tem utilizado mais pontas do que atacantes que circulam por dentro.
5. Demora nas substituições
Por fim, Dorival Júnior tem dificuldade para orientar mudanças táticas na tentativa de encontrar soluções durante a partida. Richard Rios foi fundamental para a Colômbia em diversos avanços e o Brasil não conseguiu impedir a movimentação do meio-campista que atua no Palmeiras. O técnico da Seleção Brasileira acionou Ederson, Andreas Pereira, Savinho, Douglas e Endrick no segundo tempo, mas manteve o conservadorismo mesmo com a necessidade da vitória para se manter líder do grupo e não promoveu mudanças mais ousadas, como por exemplo, a saída de um volante para a entrada de um atacante.
Estatísticas de Brasil 1 x 1 Colômbia
BRA | COL | |
---|---|---|
Finalizações | 7 | 13 |
Chutes no gol | 3 | 6 |
Ações no terço final | 32 | 48 |
Passes no terço final | 47 | 57 |
Desarmes ganhos | 70% | 68% |
Recuperações de bola | 43 | 45 |