"Eu batia umas 70 faltas por dia", comenta Neto sobre treinamentos no passado

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Durante a live na Corinthians TV, que contou com a participação de Cássio, Ronaldo Giovanelli, Milene Domingues e Neto, os comentaristas levantaram a discussão sobre as diversas do futebol nos anos 1990 e hoje em dia. De acordo com Neto e Ronaldo, o principal ponto são os treinamentos. Antes, era mais comum que o jogador treinasse por horas e horas a fio, sem grandes restrições. Hoje, por conta dos conhecimentos avançados em fisiologia do esporte, os profissionais responsáveis são mais incisivos no controle do tempo de treino.

Ao comentar sobre o assunto, Neto falou sobre sua frequência de treinamentos quando defendia o Corinthians. O atleta era especialista na cobrança de faltas, e procurava se aprimorar para ser diferenciado no fundamento.

"Eu treinava de segunda e terça pro jogo de quarta. Quinta eu não treinava falta, treinava sexta e sábado. Eu batia umas 70 faltas por dia, dava 280 faltas na semana. Cobranças de pênaltis, escanteios dos dois lados."

conta Neto.

O ex-jogador, entretanto, faz a ressalva de que os atletas de sua época sofreram bastante com lesões. As repetições excessivas puderam ser responsáveis por dores constantes ao final da carreira, o que tende a ser evitado com o controle atual. Porém, Neto acredita que a falta de treinamento constante de fundamentos básicos atrapalham no desempenho do futebol hoje em dia.

"O futebol de agora é muito mais força, mais compacto. Os treinadores trabalham as linhas muito próximas. Porém, a falta dos fundamentos me deixa muito irritado ás vezes. Eu fico triste que no futebol de hoje falta fundamentos, bater escanteio no chão, dar um passe na diagonal. Não tem um camisa 10 no futebol brasileiro para dizer que 'esse cara vai ser o 10 da Copa de 2022', não tem."

reclamou Neto.

Cássio defendeu que, apesar das indicações para não exceder o limite físico de treinamentos, os jogadores podem solicitar aos profissionais do esporte para trabalhar alguns pontos fundamentais. De acordo com o goleiro do Timão, depende da iniciativa do próprio atleta em buscar esse aprimoramento.

"Vai muito de jogador, o jogador pegar a bola, chamar os caras e dizer 'vamos fazer um trabalho específico'. Quando eu acho que tem que trabalhar alguma coisa eu chamo. O Gil é um cara que acaba o treino e sempre quer fazer um trabalho a mais, sempre quer evoluir, não querer se acomodar. Você tem o suporte e as pessoas que podem ajudar. Cada jogador pode pensar em si e no que pode evoluir. "

contou Cássio.

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