Everson cobra na Justiça mais de R$ 7 milhões ao Santos; goleiro também quer a rescisão contratual

Mais um problema na Vila Belmiro: o goleiro Everson entrou com uma ação judicial contra o Santos pedindo a rescisão contratual. Em seu processo, no qual pede a desvinculação imediata do clube praiano, o paredão alega atrasos de salários, de direitos de Imagem e FGTS. No total, conforme informações do UOL Esporte, a cobrança é de R$ 7,3 milhões.

O montante cobrado é referente a: 5 meses de direitos de imagem atrasados (R$ 150 mil), 3 meses de redução salarial (R$ 344 mil) e 5 meses de FGTS (R$ 54 mil), além de multa (R$ 170 mil), de cláusula compensatória desportiva (R$ 5,7 milhões) – soma dos salários que o atleta receberia até o final de seu vínculo com o Peixe, que vai até o final de 2022 – e dos honorários advocatícios.

A decisão do goleiro pegou a todos de surpresa no CT Rei Pelé, visto que Everson não conversou com ninguém da diretoria ou com o técnico Jesualdo Ferreira sobre tal medida. Cabe destacar, também, que o paredão não se reapresentou com os demais companheiros para os treinos deste domingo (19).

Em seu processo, o camisa 22 solicita uma tutela provisória, em caráter de urgência, ou seja, liberação imediata de seu vínculo com o Santos. Em caso de tal concessão, Everson estaria à disposição do mercado e poderia negociar com qualquer clube, o que já poderia ter acontecido, como fica claro em trecho da ação:

"Inclusive, o reclamante (Everson) já foi sondado por outros clubes, porém o vínculo com o reclamado (Santos) impossibilita que o reclamante continue com as negociações", destaca o processo. Cabe lembrar que o Atlético-MG de Jorge Sampaoli, ex-treinador do Peixe, teria interesse no goleiro.

Internamente, o Santos foi pego totalmente de surpresa, considerando que Everson era tido como um dos líderes do elenco e também como um dos representantes dos jogadores nas negociações com a diretoria praiana pelas reduções salariais. Ele, inclusive, teria aceitado que os vencimentos fossem restituídos apenas ao final do ano.  

Apesar da situação, o Peixe acredita que o camisa 22 não tem respaldo jurídico para pedir a rescisão de seu contrato, visto que pagou os salários ‘normalmente’ – com redução de 70% – durante a pandemia do novo coronavírus. Contudo, o acerto com o elenco não foi assinado por escrito, ou seja, o goleiro pode utilizar essa ‘informalidade’ a seu favor.


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