Expectativa enorme por quem é mestre em me Iludir!
*Por Bruno Ramos
Ela está de volta! Para nossa alegria e também para o nosso nervoso.
A Conmebol Libertadores retorna depois de um período sabático durante o qual o palmeirense viveu uma montanha russa de emoções. O futebol não tão bem jogado na fase de grupos do Paulistão valeu a pena por ser um título sobre o maior rival com um gosto muito doce de vingança na retomada pós-pandemia.
O início do Brasileirão reforçou a desconfiança trazida do Estadual. Empate contra o Goiás - que tinha quinze desfalques, em casa, vitória com um bom futebol sobre o Santos, empate cedido nos momentos finais contra o Bahia e três pontos conquistados com autoridade sobre o Corinthians fora de casa.
O questionamento que acredito pairar na cabeça dos palmeirenses, é: "O que esperar desse time?"
E a minha resposta, sendo a mais informal, direto e super sincero com os amigos de arquibancada, é: não sei.
O Palmeiras já provou ter um grupo qualificado, resta corresponder à expectativa da torcida, que é uma das mais exigentes do Brasil. Essa exigência contrasta com a paciência que a bancada, agora virtual, tem com os garotos da base. Patrick de Paula, Gabriel Menino, Wesley e Gabriel Verón demonstram ser jovens somente na idade. O futebol já é de gente grande. E esse pode ser um dos trunfos do Palmeiras nessa Libertadores.
A juventude dos garotos recém-promovidos alinhada com a experiência de Felipe Melo, Weverton, Gustavo Gómez e Luiz Adriano. As referências para levarem o Palmeiras um degrau além nesta Libertadores.
O Bolívar, adversários nesta quarta-feira, não disputa uma partida oficial há 185 dias. Como um um bom corneteiro e exigente palmeirense que sou, nada menos que a vitória me interessa nessa partida pelo quão qualificado é o elenco Alviverde e pelas circunstâncias vividas pelos bolivianos.
A situação no grupo B já não sugere pressão, o Palmeiras tem duas vitórias em dois jogos. Com totais condições de avançar à eliminatória, o time tem de se preparar para onde o cerco deve apertar e exigir ainda mais de todos.
O Palmeiras pode e deve entregar mais ao seu torcedor. E por mais que digamos que "não esperamos nada" do time, a chama estará ali, adormecida, esperando pra ser gritada no canto tradicional "Vamos ganhar, Porcô!", dentro da sala, mesmo, pois é como vamos ter que se virar vendo essa Libertadores.
Avanti, Palestra!