Federação anuncia demissão de Jorge Vilda, e Montse Tomé assume Seleção Espanhola Feminina

  • O técnico comandava a Espanha desde 2015
  • Estava envolvido em polêmicas, sendo boicotado pelas jogadoras antes da Copa
O único título oficial conquistado por Vilda no comando da Seleção Espanhola Feminina foi a Copa de 2023
O único título oficial conquistado por Vilda no comando da Seleção Espanhola Feminina foi a Copa de 2023 / Catherine Ivill/GettyImages
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Nesta terça-feira (5), a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), anunciou a demissão de Jorge Vilda como técnico da Seleção da Espanha Feminina e diretor de futebol feminino da federação. A destituição dos cargos se deu quase três semanas depois da conquista do título inédito na Copa do Mundo Feminina 2023, realizada na Austrália e na Nova Zelândia.

Antes mesmo do mundial, o treinador foi cercado por polêmicas no último ano, que envolveram boicote de parte do elenco, reclamações sobre método de trabalho e denúncias de assédio moral.

Vilda era apoiado por Luis Rubiales, presidente da federação que deu um beijo forçado em Jenni Hermoso durante a cerimônia de premiação da Copa e atualmente está suspenso provisoriamente pela Fifa.

Na última assembleia, em 25 de agosto, o até então presidente propôs a permanência do treinador por mais 4 anos. Agora, a RFEF está sob o comando interino de Pedro Rocha, que se desculpou do comportamento do dirigente e optou pela demissão de Jorge Vilda.

A federação anunciou a ex-jogadora e assistente técnica adjunta na antiga comissão técnica, Montse Tomé, para assumir a seleção feminina da Espanha. Ela se torna a primeira mulher no cargo e a quarta pessoa a treinar a equipe.

Vilda estava há 8 anos no comando da La Roja, quando substituiu Ignacio Quereda em 2015 após passagem pelas categorias sub-17 e sub-19. Neste período, dirigiu 108 partidas na Espanha, sendo 75 vitórias, 16 empates e 17 derrotas. A equipe marcou 310 gols a favor e 58 contra.