Federação anuncia ruptura e saída de Corinne Diacre do comando da seleção feminina da França: 'Irreversível'
Por Nathália Almeida
Faltando somente cinco meses para o início da Copa do Mundo Feminina de 2023, uma adversária direta da Seleção Brasileira na fase de grupos, a França, tornou pública e oficializou uma mudança estrutural de grandes proporções em seus bastidores: Corinne Diacre não é mais treinadora da equipe principal francesa.
Comandante controversa e conhecida pela gestão com "punhos de ferro", Diacre se indispôs com inúmeras lideranças do futebol feminino francês nos últimos anos, especialmente com as capitãs Eugenie Le Sommer (maior goleadora da história da seleção francesa) e Wendie Renard, considerada por muitos como a melhor zagueira do mundo. Renard, por sinal, comunicou há poucas semanas o seu afastamento enquanto não houvessem mudanças na comissão técnica. A atitude da defensora acabou "puxando" outras jogadoras, com Katoto e Diani também pedindo dispensa da seleção.
Diante deste "cabo de guerra" declarado entre Diacre e jogadoras, a Federação Francesa de Futebol (FFF) se viu obrigada a intervir e, após longas semanas de deliberação, a entidade optou por encerrar a passagem da treinadora à frente da equipe. Ela se despede da seleção feminina após quase seis anos no cargo.
Confira um trecho do comunicado oficial da FFF:
"As numerosas audiências realizadas pelo Comitê Executivo da FFF permitiram a averiguação de uma 'fratura' muito significativa da comissão técnica com as jogadoras, evidenciando uma discrepância nas exigências do alto nível de rendimento. Esta ruptura chegou a um ponto sem retorno, o que é prejudicial aos interesses da equipe nacional.
Embora a FFF reconheça o envolvimento e a seriedade da Corinne Diacre e de sua equipe no exercício de sua missão, parece que as disfunções observadas parecem, neste contexto, irreversíveis.
Em vista destes elementos, foi decidido encerrar a missão da Corinne Diacre como chefe da equipe feminina francesa."