Felipão na Calçada da Fama do Grêmio, mesmo contra o estatuto, é um convite ao bom senso

Técnico marcou época no clube na década de 1990
Técnico marcou época no clube na década de 1990 / YASUYOSHI CHIBA/Getty Images
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Por vezes, um clube de futebol se prende a amarras estatutárias totalmente antiquadas. Em outros momentos, literalmente rasga as suas regras em nome de interesses. Vamos combinar: são extremos que não podem ter vez. Na noite deste segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Grêmio deu um exemplo de como lidar com o bom senso.

Ao aprovar os nomes do ex-goleiro Galatto e do ex-volante Osvaldo para a Calçada da Fama, se abriu uma exceção para acrescer, também, as figuras do ex-vice de futebol Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, e do técnico Luiz Felipe Scolari. Nos últimos dias, as redes sociais foram invadidas por discussões a respeito do tema, com movimentos políticos clamando por incluir na homenagem a dupla que fez sucesso na década de 1990. Talvez, se não fosse essa pressão, o passado mais uma vez seria esquecido.

O estatuto, em sua raiz, não apontava para essa elegibilidade. Ao mesmo tempo, se falava nos tais dos "casos omissos" para dar essa brecha. Sim, até isso se discute. Ok, não se pode deixar a "lei" que rege uma instituição de lado. Mas, neste caso em específico, o que há de ruim em se pensar como sanar essa lacuna? Foi o que o Grêmio fez. Um clube precisa estar sempre ao lado de quem construiu sua história. E deixar passar essa oportunidade seria, sim, um erro imperdoável de quem, por vezes, evitar se adequar a uma realidade.

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