Fifa ‘responde’ e acerta em regulamento que limita número de jogadores emprestados

O Chelsea, assim como outros clubes, é dono de inúmeros jogadores que não pretende utilizar.
O Chelsea, assim como outros clubes, é dono de inúmeros jogadores que não pretende utilizar. / James Gill - Danehouse/GettyImages
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A Fifa anunciou, na manhã da última quinta-feira, 20, o lançamento de um novo regulamento para limitar o número de jogadores que uma equipe vai poder emprestar a outras. Em comunicado, a Federação detalhou o novo conjunto de regras e explicou que a ação tem como objetivo “desenvolver os jovens jogadores, promover o equilíbrio competitivo e evitar o acúmulo de atletas nos clubes”.

Com o regulamento, a Fifa pretende disciplinar o mercado da bola e evitar que clubes bilionários, como o Chelsea, por exemplo, acumulem jogadores que não planejam colocar em campo – os Blues têm 22 atletas cedidos a outros clubes no momento. Inicialmente, o novo regimento entraria em vigor em meados de 2020, mas foi adiado por conta da pandemia da Covid-19 e vai passar a valer apenas na próxima temporada europeia – a partir do dia 1º de julho.   

A Fifa também anunciou as regras que servirão para garantir os objetivos do novo regulamento. A partir da próxima temporada, os empréstimos não poderão durar mais do que um ano e nenhum clube vai poder ter mais do que três jogadores emprestados para (ou de) uma mesma equipe. Além disso, o novo documento também vai proibir “sub-empréstimos”, ou seja, um clube não vai poder pegar um jogador por empréstimo e repassá-lo a outro time.

A entidade também definiu um limite para o número total de jogadores emprestados para (ou de) uma mesma equipe. Na próxima temporada, o máximo de atletas cedidos será oito; na temporada seguinte, sete; e, a partir de 2024, seis. Outro detalhe importante: os jogadores com menos de 21 anos e os atletas formados nas categorias de base de uma equipe não se enquadrarão neste regulamento.

A princípio, a nova medida da Fifa se mostra muito positiva para o mundo da bola. Nas últimas décadas, os clubes mais poderosos passaram a comprar jogadores apenas para tirá-los da concorrência, controlando o mercado, emperrando o progresso de muitas promessas e acumulando peças sem necessidade. “Por qual motivo o clube A contratou o jogador B?”, tal pergunta se tornou frequente nos últimos anos. Boa 'resposta' da Fifa.

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