Final da Sul-Americana: como joga o Independiente del Valle e seu retrospecto contra times brasileiros
Por Fabio Utz
O Independiente del Valle, do Equador, é o último adversário no caminho do São Paulo rumo ao título da Copa Sul-Americana de 2022. Agora, como joga este time? Vamos tentar destrinchar um pouco e, ao mesmo tempo, encher você, torcedor são-paulino, de informações!
Se o Tricolor ganhou o torneio continental em 2012, os equatorianos ergueram a taça em 2019, à época comandados por Miguel Ángel Ramírez. Hoje, é Martin Anselmi, discípulo do treinador espanhol, que está à beira do gramado. E o estilo de futebol da equipe não é mistério para ninguém.
Tendo a posse de bola, normalmente o Del Valle mantém uma linha de três defensores e libera os atletas de lado para se juntarem às ações ofensivas, que são baseadas em toques curtos. Sim, dificilmente se verá um jogador dando um chutão para frente. Sem a 'redonda' nos pés, a opção é por deixar cinco homens mais atrás, chamando o adversário e tentando sair em velocidade no contra-ataque.
Algum ponto fraco? Aqueles que acompanham o Del Valle mais de perto citam a bola aérea defensiva. Isso sem contar o excesso de erros nas finalizações. Se Rogério Ceni irá aproveitar ou não essas informações, veremos no sábado, em Cordoba.
O retrospecto do Del Valle contra brasileiros
Não é preciso voltar muito no tempo para chegarmos à conclusão de que o Independiente del Valle gosta de aprontar contra brasileiros. Em 2021, por exemplo, o time equatoriano venceu o Grêmio duas vezes por 2 a 1, em confronto eliminatório válido pela terceira etapa da Libertadores, e impediu que o time gaúcho chegasse à fase de grupos.
Dois anos antes, em 2019, tirou o Corinthians na semifinal da Sul-Americana, com vitória por 2 a 0 em São Paulo e empate em 2 a 2 em Quito. Já em 2020, pela fase de grupos da Libertadores, goleou o Flamengo por 5 a 0. Na atual temporada, também pela fase de grupos, derrotou duas vezes o América-MG (2 a 0 fora e 3 a 0 em casa). Além disso, empatou uma partida com o Atlético-MG (1 a 1, no Equador).
Aliás, os argentinos também já sofreram com os equatorianos. Na Libertadores de 2016, eliminou River Plate - vitória por 2 a 0 em casa e derrota por 1 a 0 fora, nas oitavas de final -, e o Boca Juniors na semifinal, com vitórias por 2 a 1 (em casa) e 3 a 2 (fora). É bom se preparar, pois o adversário vem, aos poucos, construindo sua história.