Flamengo x Bahia: como era o mundo na última vez que o Fla enfrentou Éverton Ribeiro?

Em confronto para lá de decisivo, o Flamengo vai receber o Bahia no Maracanã, nesta quinta-feira (20), pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2024. As duas equipes estão muito bem e vivas na corrida pela liderança: o Rubro-Negro e o Tricolor têm 18 pontos, um a menos que o líder Botafogo, e podem fechar a jornada na ponta da tabela do Brasileirão. É, portanto, uma decisão para os dois lados.

Além da importância da partida, o Fla ainda vai encarar o peso de reencontrar um grande ídolo: Éverton Ribeiro. O meio-campista defendeu o Mais Querido entre 2017 e 2023 e, nesse período, se imortalizou como um dos gigantes da história vermelha e preta.

Com o Manto Sagrado, o “Miteiro” disputou 394 jogos, marcou 46 gols, deu 61 assistências e conquistou 11 títulos, incluindo duas Conmebol Libertadores. O então camisa 7 se despediria da equipe no início de fevereiro, mas o evento não aconteceu.

Revelado pelo Corinthians e com passagem por São Caetano, Coritiba, Cruzeiro e Shabab Al-Ahli (Emirados Árabes Unidos), além do Flamengo e do Bahia, Éverton Ribeiro já enfrentou o Rubro-Negro Carioca em algumas oportunidades. Na última, há mais de uma década, no dia 1º de junho de 2014, o então atleta da Raposa marcou, deu assistência e venceu o time onde é ídolo por 3 a 0, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano.

Vale lembrar que Éverton Ribeiro não atuou no segundo jogo do Brasileirão 2014 entre Flamengo e Cruzeiro, que terminou com vitória rubro-negra por 3 a 0, no Maracanã, no dia 12 de setembro daquele ano, já que estava com a Seleção Brasileira.

Como era o mundo na última vez que o Flamengo enfrentou Éverton Ribeiro?

O mundo mudou muito nos últimos 10 anos. De meados de 2014 para cá, no recorte do futebol, potências caíram, outras surgiram... e o esporte não parou. Ou melhor, parou, mas apenas durante alguns meses em 2020 por conta da pandemia da Covid-19. Vamos lá:

Em 2014, o próprio Cruzeiro de Éverton Ribeiro foi campeão brasileiro. De lá para cá, o tradicional time de Belo Horizonte enfrentou um rebaixamento, três anos na Série B e ainda se transformou em SAF – esta, aliás, que já passou das mãos de Ronaldo Fenômeno para Pedro Lourenço. A equipe ainda não se reestabeleceu totalmente na elite nacional e ainda tenta alçar voos maiores.

O modelo de Sociedade Anônima do Futebol pegou no Brasil nesse período. Times como Botafogo, Vasco, Atlético-MG, Cuiabá, Coritiba e Bahia (atual equipe do Miteiro) migraram de associação civil sem fins lucrativos para empresarial. É uma nova era no futebol do país.

Já falando em conquistas, Flamengo e Palmeiras passaram a “reinar”. O Rubro-Negro se reequilibrou financeiramente nesse período e passou a colecionar taças: venceu Campeonato Carioca, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Recopa, Supercopa etc. Éverton Ribeiro participou de boa parte dessas conquistas. O Alviverde também acumulou muitos troféus ao longo dessa década.

Na Europa, no mesmo período, o Real Madrid disparou e se isolou ainda mais no ranking dos maiores campeões da UEFA Champions League. A equipe merengue está “sobrando” na Espanha na atualidade, sobretudo após a derrocada do Barcelona. O Manchester City, por sua vez, se tornou o time mais forte da Inglaterra e até conquistou a Europa. O Bayern de Munique tomou conta da Alemanha, mas recentemente deixou o título da Bundesliga escapar.

Além disso, times como Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid ainda não chegaram ao topo do futebol no Velho Mundo. Mais, Milan, Juventus e Inter de Milão perderam muita força fora da Itália. A década não foi das melhores para essas equipes.

O futebol de seleções

Do último Flamengo x Éverton Ribeiro para cá, o Brasil não voltou a brilhar no cenário internacional. Ao contrário. Levou duros golpes, sofreu o 7 a 1 para Alemanha, viu a Argentina voltar a conquistar uma Copa do Mundo (2022) e ainda não conseguiu voltar a impor medo nos adversários. É um momento difícil para a Seleção. A França também ganhou um Mundial nesse período, em 2018, na Rússia.

Os craques que se aposentaram

A lista de craques que se aposentaram nos últimos 10 anos é praticamente infinita, mas é justo lembrar de: Zlatan Ibrahimovic, Gareth Bale, Gianluigi Buffon, Ronaldinho, Philipp Lahm, Rogério Ceni, Riquelme, Raúl, Ferdinand, Gerrard, Kaká, Totti, Xabi Alonso, Pirlo etc. Vale notar ainda que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, principais nomes do futebol nos últimos anos, saíram da Europa e hoje já estão mais próximos da aposentadoria.

Mas vale citar também que o futebol também acompanhou o surgimento de estrelas como Kylian Mbappé, Vinícius Júnior, Haaland e tantos outros.

Fora do esporte

Se o esporte mudou, o mundo mudou – e vice-versa. O planeta mudou muito ao longo dos últimos 10 anos. Nesse período, o Facebook se tornou a principal rede social do mundo e, depois, perdeu espaço. O “X” (antigo Twitter), o Instagram e outras plataformas estão muito bem na atualidade. Novos tempos...

Em 2014, o Brasil tinha Dilma Rousseff na presidência. Hoje, o país é comandado mais uma vez por Lula. Nos Estados Unidos, o presidente era Barack Obama. Hoje, esse cargo pertence a Joe Biden.

Nessa década, o País do Futebol e o mundo também se despediram de grandes nomes como Muhammad Ali, Carlos Alberto Torres, Johan Cruyff, Pelé e tantos outros personagens de dentro e fora do universo dos esportes.

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