Flamengo contabiliza prejuízo de R$ 110 milhões na pandemia e precisará negociar atletas; veja o cenário
Por Antonio Mota
Embora seja um dos clubes mais estruturados e saudáveis financeiramente do Brasil, o Flamengo também sofreu muito com a pandemia da Covid-19. Internamente, o Rubro-Negro Carioca avalia que deixou de ganhar R$ 110 milhões no ano passado por conta do vírus, sobretudo pela ausência de bilheteria e queda do sócio-torcedor – de 150 mil caiu para 61 mil.
De acordo com informações do ge, o Mais Querido vai publicar até o final do mês o balanço do último calendário (2020) e os números vão ser bem inferiores aos da temporada 2019, quando fechou o ano com uma receita recorde de R$ 950 milhões. Em documento, o clube deve apontar uma receita total de R$ 670 milhões e um prejuízo de R$ 100 milhões.
“A Covid custou ao Flamengo R$ 110 milhões. E o impacto no orçamento foi de R$ 200 milhões [além dos R$ 110 milhões, mais R$ 90 milhões de receitas que entraram só em 2021, como a premiação do Brasileiro e direitos de transmissão]”, declarou Rodrigo Tostes, vice-presidente de finanças, em entrevista ao ge.
Após o 2020 complicado, o Flamengo e demais equipes do mundo imaginavam um 2021 melhor, mas a Covid-19 não cessou e continua desafiando os clubes. No Rubro-Negro, mesmo que tenha iniciado a temporada com R$ 70 milhões em caixa, o “cinto vai seguir apertado”. Isto é, o time não vai entrar com tudo no mercado como em temporadas passadas e ainda vai precisar vender atletas.
“No nosso orçamento, a contratação já foi feita: Pedro. Também está no orçamento uma previsão de vendas em janeiro (R$ 50 milhões), que já foi cumprida (Lincoln e Yuri César), e outra que precisa ser cumprida em julho (R$ 90 milhões). Não vamos fazer loucura. Não tem possibilidade disso. Existe um orçamento e precisa ser cumprido. Só vai comprar atleta depois que vender”, frisou Tostes.
Em 2021, o Flamengo espera arrecadar cerca de R$ 140 milhões em vendas de jogadores. Veja abaixo o panorama das finanças Flamengo – via ge.
Finanças do Flamengo
- o Flamengo recebeu um indicador financeiro Ebitda, o qual mostra geração de caixa, de R$ 100 milhões positivo – apesar de todos os problemas;
- em 2020, o Flamengo teve um prejuízo em exercício de R$ 100 milhões;
- mesmo com todos os problemas, o Rubro-Negro teve um aumento de receita de 23% com marketing;
- o Mais Querido também reduziu despesas operacionais;
- o clube fechou a última temporada com R$ 70 milhões em caixa;
- o Flamengo tem um endividamento financeiro (empréstimo bancário) equivalente ao de 2019: aproximadamente R$ 60 milhões.
Veja no ge a entrevista completa de Rodrigo Tostes, vice financeiro do Flamengo, e do diretor Fernando Góes.
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