Flamengo tem que tomar cuidado para saudosismo da ‘Era Jesus’ não sufocar Domènec Torrent; é preciso ter calma
Por Antonio Mota
Sob comando do recém-chegado Domènec Torrent, o Flamengo perdeu pelo placar simples para o Atlético-MG de Jorge Sampaoli, no Maracanã, no último domingo (9), em sua estreia no Campeonato Brasileiro 2020. A derrota, como era de se imaginar, colocou o treinador espanhol na mira dos saudosistas da ‘Era Jorge Jesus’, que, aceitem ou não, acabou. As críticas, no entanto, não têm base para se manter.
Para início de conversa, é bom destacar alguns fatores, como: o Mister não começou ‘no outro patamar’, basta lembrar do baile tomado para o Bahia no Brasileirão 2019, da eliminação para o Athletico Paranaense na Copa do Brasil e das dificuldades inicias na Copa Libertadores; que nem todos os treinadores são “fervorosos” à beira do campo; e, também, que é preciso ter calma – a dinâmica do time vai mudar.
Dito isto, é importante citar também que Dome, como ele gosta de ser chamado, teve menos de uma semana para conhecer o time – ele chegou ao Rio de Janeiro na última segunda-feira (3) – e que mal teve tempo para se adaptar ao novo país e ao futebol brasileiro. Ou seja, é muito precoce para crucificar o treinador. É preciso ter cautela para não tumultuar o que não precisa ser tumultuado.
Contudo, embora ainda seja cedo para se criticar o treinador, também não se pode passar pano no que foi feito de errado, como, por exemplo, encher o time de atacantes e perder o meio de campo, que foi um dos fatores para o Galo ganhar terreno na segunda etapa, e também de não ter se atentado aos equívocos de Léo Pereira, que mais uma vez foi mal, na zaga.
Por ora, entre os erros e acertos, os torcedores do Flamengo vão ter que ter calma e manter a confiança no substituto de Jorge Jesus: Domènec precisa de tempo para trabalhar.