Fluminense e Inter fazem jogaço, e empate no Maracanã deixa semifinal da Libertadores aberta

Foram só os primeiros 90 minutos - de luxo. Fluminense e Internacional empataram em 2 a 2 a partida de ida da semifinal da Libertadores. Na noite desta quarta-feira, em um Maracanã lotado, as duas equipes fizeram um embate digno do estágio em que se encontram.

Sim, jogaço! Quando se pensa em um jogo semifinal de Libertadores, se pensa em um duelo de absoluta cautela. Pois isso não valeu para gaúchos e cariocas, que fizeram um confronto aberto e de ousadia desde o início. Obviamente, marcação forte e alta não faltou. Mas não foi por nada, por exemplo, que Sergio Rochet salvou após arrancada e chute de Keno. Não foi por nada também que, logo na sequência, Fábio brilhou em arremate de Valencia. E isso quando mal a bola havia rolado.

Era natural que, a qualquer momento, o gol saísse. E ele veio em favor dos donos da casa. Aos 10 minutos, Renê vacilou, e Arias se aproveitou para roubar a bola e servir John Kennedy. Este encontrou Cano, que com categoria tocou no canto para abrir o placar e, como artilheiro da competição, chegar ao décimo tento pelo Tricolor.

Se engana, porém, quem acha que o ritmo caiu. Não demorou muito para Rochet evitar que Keno ampliasse, ele que recebeu de Cano e ganhou na corrida de Hugo Mallo. Ah, e Fábio não ficou para trás nesta disputa particular para ver quem brilharia mais sob as traves. Com tranquilidade, aparou conclusão fraca de Alan Patrick. Com ousadia, saiu nos pés de Wanderson para evitar o empate. 

Só que daí uma sequência de dois cartões amarelos para Samuel Xavier por faltas em Valencia, que culminou na expulsão do lateral-direito, começou a dar um novo ar ao embate. Tanto que, já nos acréscimos, Renê se redimiu e cruzou com perfeição para Mallo, que havia sido escolhido para a vaga de Bustos por seu poder de marcação, aparecer por trás da zaga do Flu e, de cabeça, deixar tudo igual.

Para a etapa final, muitas substituições. Fernando Diniz, na tentativa de recompor seu sistema de marcação. mudou de forma tripla, com as entradas de Guga, Marlon e Alexsander nas vagas de John Kennedy, Felipe Melo e Ganso. Já Rômulo foi opção de Eduardo Coudet no lugar de Johnny, que estava amarelado.

O que aconteceu? Quem teve a bola foi o Inter, que deixou a partida à sua feição para dar a ela o ritmo que quisesse - justamente uma característica que, em condições normais, é do Tricolor. Fábio continuou aparecendo com destaque para salvar conclusão de Wanderson. E se o gol de Mercado, por conta de toque de mão na hora do cabeceio, foi anulado, o de Alan Patrick, aos 19 minutos, acabou validado. Aliás, foi um golaço. De pé em pé, a bola chegou no camisa 10, que limpou o lance, tirou Marcelo de ação e fuzilou para marcar pela quinta vez na competição.

Mas...está enganado quem acha que mais nada aconteceu. Pelo contrário. O Fluminense encontrou forças para chegar à igualdade quando o rival já se dava ao luxo de 'poupar' pendurados como Aránguiz e Alan Patrick. Aos 33 minutos, em pressão na saída de bola sobre Renê, veio o escanteio. Na cobrança, Nino pulou sozinho, e Cano aproveitou a sobra para fazer mais um, seu 11º. Ufa! Agora é hora de dar um respiro e esperar o jogo de volta, quarta que vem, no Beira-Rio.