Fluminense faz jogo gigante, ganha do Olimpia e fica perto da semifinal da Libertadores
- Partida no Maracanã terminou com vitória tricolor por 2 a 0
- André abriu o marcador, e Cano completou o triunfo
Por Fabio Utz
O sonho da Glória Eterna segue vivo, mas muito vivo, para o Fluminense. E a equipe vai em vantagem para o duelo de volta das quartas de final da Libertadores.
No Maracanã, pela rodada de ida da antepenúltima etapa do torneio, construiu uma sólida vitória por 2 a 0 sobre o Olimpia, do Paraguai. Semana que vem, pode até perder por um gol de diferença contra um tricampeão continental para ficar a 180 minutos da grande decisão.
O jogo
Você já viu um jogo começar antes mesmo da autorização do árbitro? Pois o embate desta quinta-feira foi um exemplo disso. O técnico Fernando Diniz surpreendeu ao escalar o atacante John Kennedy, e Arce respondeu mudando a formação inicial anunciada para a colocação de mais um atleta posicionado como zagueiro, Barreto, na vaga de Ortiz, uma referência do 'decano'.
Sim, eram sinais claros do que aconteceria com a bola rolando. O Tricolor, no seu estilo, tentou, de cara, empurrar o rival para trás. E os paraguaios, que de bobos não têm nada, chegaram, em determinado momento, a formar uma linha de seis defensores para congestionar a área e evitar riscos. Claro, a proposição das ações foi toda dos donos da casa, que bateram em quase 80% de posse de bola e viram em Keno um homem inspirado. Partiu de seus pés, talvez, a jogada mais bonita do primeiro tempo, quando ele ganhou em velocidade dos marcadores e cruzou. No rebote, Cano chutou em cima da zaga.
No entanto, não necessariamente é preciso uma ação de brilhantismo para furar uma retranca. Por vezes, o pragmatismo é mais eficiente. E foi assim, de forma simples, que o próprio Keno, aos 43 minutos, serviu Cano. O centroavante, como um pivô, escorou para André, que no seu jogo de número 150 pelo Flu, arriscou de longe. Com o desvio em Gamarra, a bola enganou Espínola e foi parar no fundo da rede.
O cenário da partida não mudou para a etapa final: Fluminense em cima, Olimpia se defendendo. Mas, dessa vez, o efeito da pressão veio muito mais rápido. E no mais puro 'estilo Diniz' de se fazer futebol. Aos 13 minutos, de toque em toque, a bola chegou em Keno, que cruzou. Em meio a um bate-volta e uma tentativa de bicicleta de John Kennedy, Cano foi preciso para, de primeira, ampliar a vantagem carioca. O gol, aliás, fez o gringo se igualar a Paulinho, do Atlético-MG, na artilharia da Liberta - são sete tentos para cada.
Ah, e a diferença não foi maior por puro azar. Cano quase fez mais um, e Keno só não deixou a sua marca por conta de uma grande defesa de Espínola. Grande triunfo. Grande vantagem.