França ou Argentina: quem é favorito na grande final da Copa do Mundo?
Por Nathália Almeida
25 dias se passaram desde o pontapé inicial que selou a abertura da Copa do Mundo do Catar, a edição número 22 do maior e mais importante torneio do calendário esportivo global. Neste meio-tempo, acompanhamos a ascensão de forças surpreendentes, testemunhamos o adeus precoce de favoritas - Bélgica, Espanha, Alemanha e Brasil, por exemplo -, nos encantamos com jovens talentos "se apresentando" ao mundo do futebol... E conhecemos, nesta quarta-feira (14), o confronto que decidirá o torneio no próximo domingo, 18 de dezembro: Argentina e França, no Lusail Stadium.
Bicampeãs mundiais, Argentina e França superaram obstáculos importantes para chegar à decisão em solo catari, com ambas seleções sendo conduzidas e lideradas por seu respectivo camisa 10: de um lado, um "infernal" Lionel Messi, sedento pelo título que falta em seu vasto currículo; do outro, um arrojado Kylian Mbappé, obstinado a faturar o bicampeonato que pode ajudar em sua corrida pela Bola de Ouro da temporada. Quem levará a melhor?
Atuais campeões do mundo, os franceses têm o entrosamento de longa data e a experiência de 2018 como pontos a seu favor: boa parte deste grupo experimentou o que é uma final de Copa há quatro anos, portanto, tendem a sentir um pouco menos o peso abissal deste que é o jogo mais importante que um atleta almeja em sua carreira.
Contudo, pelo que foi apresentado nestas pouco mais de três semanas de bola rolando no Catar, é impossível não tratar a Argentina como favorita: mostrou mais repertório coletivo que a França, soube variar o seu estilo de jogo durante o mata-mata, corrigiu os erros cometidos contra a Holanda e não sofreu defensivamente na semifinal contra a Croácia. Para completar, a Albiceleste ainda conta com um Lionel Messi avassalador - lembrando muito a sua melhor versão (2012) -, e uma série de jovens protagonistas inesperados "voando" no Catar, como Mac Allister, Enzo Fernánez e Álvarez. Isso significa que também nas individualidades, ao menos até aqui, a Argentina teve melhores performances que a França.
Com o apoio maciço das arquibancadas - sua torcida tem estado em maioria em todos os jogos -, e com Lionel Messi praticamente imarcável, a Argentina tem a grande oportunidade de encerrar a seca que já dura 36 anos. Resta saber se o enredo dos sonhos para a torcida albiceleste será confirmado. Os Bleus, que ambicionam o bicampeonato consecutivo - feito que não se repete desde o Brasil em 58/62 -, certamente farão o possível para frustrar o "adeus" com chave de ouro de Messi em Copas.