Fridolina Rolfo exalta "mentalidade forte" e cita revanche em vitória da Suécia sobre os Estados Unidos
- Suécia venceu Estados Unidos nos pênaltis e eliminou bicampeãs da Copa do Mundo
- Suecas tiveram a segunda melhor campanha no torneio e, nas quartas, enfrentam o Japão
Fridolina Rolfo, estrela do Barcelona e principal jogadora da Suécia, destacou a “força mental” da seleção escandinava na dramática vitória nos pênaltis sobre os Estados Unidos, neste domingo (8), em Melbourne, na Austrália. “Mesmo sem ter a maior posse de bola ou criando chances o tempo todo, ainda se pode vencer um jogo de futebol. O que vale é estar preparada nas situações mais importantes”, disse a meio-campista, que já marcou dois gols nesta Copa do Mundo.
Dona da segunda melhor campanha da fase de grupos, a Suécia eliminou as bicampeãs norte-americanas nas oitavas de final – pior resultado da história dos EUA na competição. O placar empatado em 0 a 0 após a prorrogação fez jus ao jogo duro que se viu em campo, com as norte-americanas atacando mais, mas parando na sólida defesa sueca.
"A defesa sempre foi nossa maior força. Defendemos de maneira sólida em todo o campo, é algo que temos que levar conosco, mas também trabalhar nos detalhes. Elas tiveram chances hoje, foram perigosas, então temos coisas para aprender com esse jogo, porque não foi perfeito. Mas tivemos mentalidade forte, e isso foi o mais importante hoje. Vencemos hoje e nos sentimos bem", disse Rolfo.
"Estou muito feliz e orgulhosa do time. Mostramos uma grande força mental hoje, lutamos por 120 minutos e também nos pênaltis."
- Fridolina Rolfo, meia da Suécia
Os Estados Unidos de Alex Morgan, Lindsay Horan e Megan Rapinoe foram superiores em praticamente todas as estatísticas: tiveram 50% de posse de bola ao longo da partida, contra 34% das suecas e 16% em disputa. Foram 21 finalizações estadunidenses (11 no alvo), contra sete suecas (somente uma no alvo). Não à toa, a goleira Zecira Musovic foi eleita a melhor jogadora da partida. Ela só foi vazada uma vez até agora no Mundial, na estreia, vitória por 2 a 1 sobre a África do Sul.
No duelo que já virou um clássico do futebol feminino mundial – foram sete encontros em nove edições da Copa do Mundo –, as suecas não esconderam o sentimento de revanche e rivalidade. "Tem uma rivalidade, com certeza. Jogamos contra elas nas Olimpíadas, na fase de grupos e no mata-mata, quando as eliminamos também nos pênaltis. Já fizemos isso antes, o que dá uma segurança, mas hoje acho que não jogamos nosso melhor futebol", disse Magda Eriksson. São quatro vitórias dos EUA, uma vitória sueca e dois empates em Copas.
Agora, a Suécia se prepara para enfrentar o Japão, que teve a melhor campanha da Copa feminina na fase de grupos, com três vitórias e 11 gols marcados, e eliminou a Noruega nas oitavas de final. O jogo acontece na próxima sexta-feira (11), às 4h30 (de Brasília), no estádio Eden Park, na Nova Zelândia.