Fúria na final! 4 fatores que levaram a Espanha à decisão da Copa do Mundo Feminina
- Na primeira semifinal do Mundial, Espanha venceu a Suécia por 2 a 1
- Fúria aguarda o vencedor do duelo entre Austrália x Inglaterra, que acontece na quarta (16)
Por Nathália Almeida
Seleção que despertava dúvidas em muitos torcedores e jornalistas nos meses que antecederam a Copa do Mundo Feminina em virtude de seus problemas extracampo – com inúmeras jogadoras de peso optando por não participar do torneio em virtude de desentendimentos com a Real Federação Espanhola (RFEF) –, a Espanha superou toda a desconfiança e selou, nesta terça-feira (15), sua classificação para a grande final do Mundial de 2023.
A vaga na decisão veio com contornos épicos, afinal, a semifinal contra a Suécia foi decidida nos minutos finais: Salma Paralluelo abriu o placar aos 36' do segundo tempo, Blomqvist empatou aos 44' e Olga Carmona, no último "suspiro" do tempo regulamentar, sacramentou o 2 a 1 que garantiu a primeira final da Espanha na história da competição mais importante do futebol feminino.
A seguir, o 90min elenca 4 fatores que levaram a Espanha à decisão da Copa do Mundo Feminina:
1. DNA bem definido
A Espanha tem uma filosofia de jogo bem estabelecida, sabe exatamente o que fazer com a bola e como se comportar em situações de pressão. Isso não significa que seu modelo é infalível, mas a consciência coletiva da Fúria, certamente, deixa a equipe sempre mais perto da vitória quando se depara com rivais que ainda estão em "construção".
2. Entrosamento e sintonia fina
Muitas jogadoras do time titular da Espanha atuam juntas no Barcelona. Trata-se de um grupo formado praticamente por jogadoras que disputam a Liga Iberdrola, portanto, o entrosamento é anterior ao ambiente de seleção e facilita bastante a comunicação em campo.
3. Geração de ouro
Mesmo sem poder contar com algumas jogadoras de primeira prateleira como Mapi León e Patri Guijarro – que optaram por não jogar a Copa –, a Espanha vive sua geração de ouro do futebol feminino, liderada pela duas vezes melhor do mundo, Alexia Putellas. Trata-se de um elenco muito forte e homogêneo, com ótimas peças em todos os setores.
4. Banco que decide jogos
Por fim, mas não menos importante, a Espanha conta com um banco de reservas muito talentoso e capaz de mudar o rumo das partidas. Prova disso é que Alba Redondo começou o Mundial entre as suplentes e fez muitos gols entrando no decorrer dos jogos, ganhando a vaga no time titular durante o torneio.
Salma, que perdeu a posição, não esmoreceu e seguiu contribuindo: promovida a campo durante as quartas (Holanda) e semifinal (Suécia), marcou nos dois jogos e foi decisiva.