Gabigol é flagrado em cassino clandestino em São Paulo; Camisa 9 deixou evento em viatura
Por Antonio Mota
Principal figura do Flamengo nas últimas temporadas, o atacante Gabriel Barbosa, o popular Gabi ou Gabigol, foi flagrado na madrugada deste domingo (14) em um cassino clandestino na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo. Segundo informações do ge, o evento, que contava com uma aglomeração de mais de 200 pessoas, foi fechado pela Polícia Civil. O camisa 9 deixou o local em uma viatura.
Vale destacar que a reapresentação do elenco principal do Flamengo, que ganhou um período de folga após a conquista do Campeonato Brasileiro de 2020, está marcada para essa segunda-feira (15). Gabigol, assim como seus companheiros, é aguardado no Ninho do Urubu no período da manhã.
Pouco tempo antes de ser levado pela viatura, Gabigol foi questionado se participaria do Fla-Flu de hoje (14) e respondeu: "Não, mano. Pergunta idiota do car..".
Confira abaixo a explicação de Eduardo Brotero, delegado de polícia e supervisor do GARRA (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos)/DEIC, sobre o ocorrido:
“Tivemos a informação através de uma força-tarefa montada pelo governo do estado com a Polícia Civil, Polícia Militar, Procon, Corpo de Bombeiros, vigilância sanitária e outros órgãos como a Guarda Civil Metropolitana de que no lugar haveria uma festa clandestina com aglomeração, que é o que combatemos. Ao chegarmos no local, para a nossa surpresa, não se tratava de uma festa clandestina, e sim de um cassino clandestino. Na verdade bastante grande. Com diversas pessoas aglomeradas, se expondo ao contágio novamente”, iniciou, antes de emendar:
“Foram conduzidos, na verdade qualificados, por conta da pandemia já para prestar esclarecimento aqui na delegacia, e os funcionários e o responsável pelo local também devem responder por crime contra a saúde pública, jogo de azar e contravenção. Os demais serão ouvidos posteriormente porque senão a gente causaria outra aglomeração aqui”, disse Brotero, via ge.
Além do camisa 9 do Flamengo, o cantor MC Gui também foi flagrado no cassino clandestino da Vila Olímpia. Gabigol, o funkeiro e todas as pessoas que estavam no local foram encaminhadas para a Delegacia de Crime contra a Saúde Pública, no Centro de São Paulo. Lá, os envolvidos na aglomeração assinaram um termo circunstanciado, garantindo que prestaram esclarecimentos depois, e foram liberados.
Ao ser questionado sobre a presença de Gabigol e MC Gui, Eduardo Brotero não quis fazer uma 'análise individual' do ocorrido e salientou que não houve nenhuma prisão durante a operação na Vila Olímpia.
"A gente não pode analisar do ponto de vista individual. Para a polícia, a gente não trabalha com um nome. Eu não decido quem vai ser alvo da nossa repreensão. Para mim, todos são iguais ali e devem ser responsabilizados na medida das suas condutas, na medida do que fizeram. Na verdade, é que o que causa espanto é que, novamente no meio de uma situação da humanidade, dessa pandemia, com gente morrendo, falta de leito no hospital, alguns desfrutam da vida como se nada tivesse acontecido", declarou.
“Como se fossem eles que resolvessem que as outras pessoas que estão tendo responsabilidades sejam contaminadas ou não. É uma coisa pra se pensar. Infelizmente isso acontece. Alguns podem dizer ‘Ah as pessoas que trabalham lá estavam fazendo isso’. Eu sei. Contudo, as pessoas que tão explorando essa gente é que não merecem o respeito”, acrescentou, antes de encerrar:
“Tanto a contravenção de jogo de azar quanto artigo 268 de saúde pública somados são crimes de menor potencial ofensivo. As pessoas não ficam presas em flagrante. Eles em concordando em participar de todos os atos judiciais requisitados, há substituição da prisão em flagrante pelo termo circunstancial”, finalizou.
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