Gabigol erra pênalti, Flamengo ouve vaias contra o Cruzeiro no Maracanã e fica fora do G4 do Brasileirão
Por Bia Palumbo
Oscilante sob comando de Jorge Sampaoli, o Flamengo recebeu o Cruzeiro no Maracanã neste sábado (27) e nem mesmo o estádio lotado foi suficiente para o rubro-negro retomar o caminho das vitórias - visto que no meio de semana tinha empatado pela Libertadores.
Melhor para o time celeste, que volta para Belo Horizonte com mais um ponto na conta, porém ambos perderam a chance de ingressar no G4 do Brasileirão.
Antes da bola rolar houve homenagem para Vinícius Jr, alvo de racismo na Espanha. Teve mosaico para o atacante revelado na Gávea com a frase "Todos com Vini Jr.", mensagem que também ocupou o espaço do patrocinador master na camisa rubro-negra.
Para completar teve a campanha "com racismo não tem jogo" da CBF. Todos os jogadores e a equipe de arbitragem entraram em campo com camisas pretas e o lema estampado na altura do peito, na faixa dos capitães, nas bolas e na moeda do árbitro. Em seguida eles se reuniram na altura do círculo central e sentaram no campo enquanto um vídeo exibido no telão mostrava celebridades repetindo o slogan.
"É sempre bom pontuar fora de casa, mas pelo desenrolar do jogo e da maneira que foi merecíamos sair daqui com os 3 pontos. Infelizmente não conseguimos, mas fizemos um jogo melhor que eles. Fisicamente não estou no meu auge, fiquei 15 dias sem atuar, mas nessa volta me senti bem, sem dor e vou continuar trabalhando para estar bem no próximo jogo e assim sucessivamente."
- Mateus Vital, meio-campista do Cruzeiro
Com 65 mil presentes no Maracanã, o jogo começou quente e o placar foi definido nos primeiro tempo. Aos 3, golaço de Marlon para abrir o placar em chute quase sem ângulo, após boa tabela com Bruno Rodrigues.
Cerca de 15 minutos mais tarde teve pênalti sofrido por Pedro em disputa com Igor Formiga. O árbitro Luiz Flavio de Oliveira nada marcou, porém mudou de ideia ao ser alertado pelo VAR e rever o lance na cabine à beira do gramado. Gabigol foi para a bola e mandou no canto esquerdo de Rafael Cabral, que acertou o lado e viu a bola explodir na trave. O rebote caiu no pé do camisa 10, que mandou para a rede, mas de nada adiantou porque a regra indica "dois toques" neste caso.
Em desvantagem, o rubro-negro começou a investir mais em jogadas pela direita e foi por lá que conseguiu chegar ao empate. Wesley buscou a linha de fundo, deixando Marlon para trás e cruzou na área, a bola passou por Gabigol, mas não por Ayrton Lucas, que apareceu nas costas de Igor Formiga e mandou para a rede.
Ainda no primeiro tempo Sampaoli foi obrigado a fazer uma substituição quando Léo Pereira sentiu a panturrilha direita após disputa de bola. David Luiz foi para o jogo.
As melhores chances na etapa final foram do Cruzeiro, com Wallisson, Machado e Stênio, sendo que este obrigou Matheus Cunha a fazer defesa à queima-roupa. Cebolinha deu mais poder de fogo ao rubro-negro, no entanto nada que incomodasse o goleiro Rafael Cabral. E assim que o árbitro encerrou a partida as vaias ecoaram no Maracanã.
"A gente precisa ter mais consistência, mas não basta só falar. Não podemos fazer um grande jogo como foi no Fla-Flu e depois fazer três jogos de m*****. A gente se cobra porque precisamos manter o ritmo ao longo dos 90 minutos. Tenho que pedir perdão para o torcedor que sai de casa para nos ver jogar, lota o estádio e o mínimo que eles esperam é uma vitória. Ao mesmo tempo sabemos que precisamos contar com eles porque a torcida é o nosso 12ª jogador e empurra nosso time. Agora é esfriar a cabeça e tentar buscar a constância que a gente sempre fala."
- Fabricio Bruno, zagueiro do Flamengo