Goleiro de Camarões, Onana deixa a Copa do Mundo antes mesmo de enfrentar o Brasil - veja desabafo do goleiro

Atleta discutiu com o técnico Song e acabou punido
Atleta discutiu com o técnico Song e acabou punido / ISSOUF SANOGO/GettyImages
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A não presença do goleiro André Onana no time de Camarões que empatou com a Sérvia em 3 a 3 nesta segunda-feira causou estranheza. Pois o atleta não faz nem mais parte do grupo da seleção africana que disputa a Copa do Mundo.

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Técnico Song entrou em atrito com Onana / BSR Agency/GettyImages

Através de uma postagem nas redes sociais nesta terça-feira, ele se manifestou sobre o ocorrido. Atleta da Inter de Milão, ele teria discutido sobre questões táticas com o técnico Rigobert Song. Como punição, sequer foi a campo e, agora, deixou o Catar.

"Quero expressar meu afeto pelo meu país e pela seleção nacional. Ontem, não fui autorizado a estar em campo para ajudar Camarões, como sempre faço, a atingir os objetivos da equipe. Sempre me comportei de forma a levar o time ao sucesso de uma maneira positiva. Coloquei todos meus esforços e energia para encontrar uma solução para uma situação que um jogador frequentemente enfrenta, mas não houve vontade do outro lado."

André Onana, goleiro de Camarões

Camarões é o adversário do Brasil, sexta-feira, na última rodada do Grupo G. Com apenas um ponto conquistado em dois jogos, ocupa a terceira colocação da chave e, para sonhar com classificação, precisa ganhar o derradeiro compromisso. Sem esse resultado, nem adiantará o olhar para o duelo entre Sérvia e Suíça, rivais que também disputam vaga. A tendência é de que Devis Epassy seja novamente titular no gol.

Carta de Onana

Quero expressar meu afeto pelo meu país e pela seleção nacional. Ontem, não fui autorizado a estar em campo para ajudar Camarões, como sempre faço, a atingir os objetivos da equipe. Sempre me comportei de forma a levar o time ao sucesso de uma maneira positiva.

Coloquei todos meus esforços e energia para encontrar uma solução para uma situação que um jogador frequentemente enfrenta, mas não houve vontade do outro lado. Alguns momentos são difíceis de assimilar. Contudo, sempre respeitei e apoiei as decisões das pessoas em cargo de buscar o sucesso para nossa equipe e nosso país.

Estendo toda minha força aos meus colegas, porque demonstramos que somos capazes de ir muito longe nesta competição.

Os valores que eu promovo como pessoa e como jogador são aqueles com os quais me identifico e aqueles que minha família me deu desde a infância. Representar Camarões sempre foi um privilégio. A nação em primeiro lugar e para sempre.