Governo da Espanha repudia vandalismo no Derby de Madrid e promete sanções: 'Atos graves'
- Clássico teve que ser paralisado por 20 minutos após gol do Real Madrid
- Ultras do Atlético de Madrid têm protagonizado cenas lamentáveis nos últimos anos
Por Nathália Almeida
Os lamentáveis episódios ocorridos no Derby de Madrid do último domingo (29), por LaLiga, não passaram despercebidos pelos maiores órgãos e instâncias de poder da Espanha. Representante do governo do país, José Manuel Rodríguez Uribes, presidente do Conselho Superior do Esporte (CSD), repudiou veementemente os atos hostis protagonizados por torcedores do Atlético de Madrid e prometeu que medidas contundentes serão tomadas para coibir esse tipo de comportamento nas arquibancadas.
"Há que se erradicar essas minorias pela via da educação e pela via das sanções. Foram graves. Temos que ser claros e contundentes na condenação, e também fazer pedagogia. O esporte é paixão e competição, não se pode confundir com violência."
- José Uribes, presidente da CSD
"Me parece que teremos que fazer um trabalho coordenado. Temos que combater o racismo e qualquer ato de violência. A rivalidade tem que estar dentro dos parâmetros do respeito", finalizou.
O que aconteceu no Derby de Madrid?
Aos 19' minutos do segundo tempo, logo após o gol do Real Madrid marcado por Éder Militão, o Derby de Madrid precisou ser paralisado por 20 minutos no Estádio Cívitas Metropolitano em virtude dos atos de vandalismo de ultras do Atleti. Posicionados atrás do gol de Courtois, este grupo mais "extremista" de torcedores colchoneros começou a atirar objetos diversos em direção ao belga, visado por ter sido jogador do Atlético antes de rumar ao arquirrival.
Houve também invasão do gramado, prontamente contida por seguranças no local. Abusos verbais dos mais variados também foram proferidos pelos ultras, em sua maioria direcionados a Courtois e ao brasileiro Vinicius Júnior. Com a bola rolando, o Derby acabou empatado em 1-1, com Ángel Corrêa igualando o placar já nos acréscimos.