Unidos e fortes! Grêmio e Inter estão próximos de dar exemplo ao mundo do futebol

  • Camisa roxa, a ser lançada pelos clubes, simboliza a esperança do povo gaúcho
  • Rivalidade é colocada de lado em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul
Azuis e vermelhos se mostram cada vez mais solidários
Azuis e vermelhos se mostram cada vez mais solidários / Lucas Uebel/GettyImages
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A rivalidade entre Grêmio e Internacional é, para boa parte dos apaixonados por futebol, a maior do Brasil. No entanto, ela precisou ser deixada de lado em prol da ajuda a todos aqueles que foram vítimas da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul.

As enchentes do mês de maio ceifaram a vida de mais de 150 pessoas. Ao mesmo tempo que enlutaram famílias, destruíram casas e deixaram sonhos abandonados. Sim, o Estado irá se reerguer. E o custo de qualquer obra necessária e obrigatória fica em segundo plano no momento em que azuis e vermelhos se juntam para trazer esperança a quem mais precisa.

Nos últimos tempos, a rivalidade Gre-Nal atingiu proporções inimagináveis. Por vezes, doentia. Um dia de Gre-Nal, que antes era sempre de festa, volta e meia passou a parar nas páginas policiais. A bola perdeu protagonismo para pedras, facas, armas, bombas, rojões. Para muitos, o vitorioso não era nem quem marcava mais gols, mas sim aquele que conseguia ferir mais 'inimigos'.

Sim, para o gremista o colorado deixou de ser um mero adversário. Para o colorado, o gremista deixou de ser um mero oponente. Mas isso precisava ter um fim. Ainda não teve, mas o luto abre a porta para que se trace este caminho que, desejamos nós, seja sem volta. Nos próximos dias, em uma ação inédita, Grêmio e Inter devem lançar nesta terça, em conjunto, uma camiseta roxa - a cor que representa a união do azul com o vermelho.

Não se trata de uma ação de marketing, de uma estratégia para gerar lucro. Se trata, sim, de um gesto que representa o carinho que todos nós, independentemente do time que torcemos, sentimos um pelo outro. Se ela vai ser utilizada pelos times pouco importa. O que importa é que dois dos maiores patrimônios gaúchos se colocam lado a lado para fazer o bem e gerar dinheiro a ser destinado a quem, neste momento, sofre as consequências das cheias. Ninguém quer tirar vantagem do outro. Ninguém está pensando em ganhar do outro em número de peças comercializadas. Aqui, só haverá um vencedor: o povo do Rio Grande do Sul.

Sirvam nossas ações, e não apenas nossas façanhas, de modelo a toda terra...

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