Hugo Souza ainda não tem (e talvez nunca terá) condições de ser titular do Flamengo
Por Antonio Mota
O Flamengo tropeçou em mais uma partida do Campeonato Brasileiro neste final de semana. Longe do Rio de Janeiro, o Rubro-Negro enfrentou e empatou com o Ceará por 2 a 2, na Arena Castelão, pela sexta rodada. Com o resultado, o clube somou apenas um ponto, chegando a seis, e estagnou na “zona da confusão” da Série A. E mais uma vez, o jovem goleiro Hugo Souza, o Neneca, foi um dos personagens negativos de uma partida da equipe.
Aposta de Paulo Sousa, o camisa 45 não passou confiança em nenhum momento do embate contra o Vozão, assim como não o fez em outros jogos, e não conseguiu fazer a diferença em momentos-chave do confronto: poderia ter feito mais no lance do gol de Stiven Mendoza, mesmo que o erro maior tenha sido coletivo, e falhou de forma juvenil no tento de empate do adversário do Fla. Mais uma péssima atuação do arqueiro.
Aos 23 anos, Hugo surgiu no Flamengo como um candidato à estrela, mas pouco a pouco foi caindo de rendimento e perdendo créditos com torcedores e demais observadores – propostas do exterior também sumiram. Ele também se envolveu em polêmicas fora das quatro linhas. Internamente, o goleiro continua tendo o apoio de Paulo Sousa, mas este não é o panorama geral, sobretudo nesta que se mostra como a pior temporada da sua curta carreira.
Hugo estreou no profissional do Flamengo em setembro de 2020, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, em jogo do Campeonato Brasileiro. Desde então, tudo mudou em sua vida. Ele assinou novo vínculo com o clube, transformou sua realidade e viveu altos e baixos: foi titular, reserva imediato e até terceira opção. Agora, sem os lesionados Santos e Diego Alves, é novamente o dono da meta, mas ainda não convence e é aí que mora o maior problema.
Hugo já recebeu diversas oportunidades no Flamengo, principalmente nesta ‘era Paulo Sousa’, mas ainda não conseguiu apresentar em sequência o nível que o levou a ser destaque nas categorias de base. No profissional, Neneca somou mais decepções do que glórias e não evoluiu como o esperado. É hora de o Rubro-Negro repensar a condição do goleiro, que, até aqui, não mostrou ter (ou se terá) condições de um dia ser titular da equipe.