Imagens de suposto ato de racismo circulam, e Justiça mantém prisão de preparador físico do Universitario

Profissional é acusado de imitar um macaco em direção à torcida do Corinthians

Desembargador vê indícios de culpabilidade

Partida contra o Timão, pela Sul-Americana, foi na terça-feira
Partida contra o Timão, pela Sul-Americana, foi na terça-feira / Miguel Schincariol/GettyImages
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O suposto caso de racismo envolvendo o preparador físico do Universitario-PER segue rendendo. Isso pelo fato de ele ter tido negado o pedido de liberdade pela Justiça de São Paulo.

Sebastian Avellino Vargas é acusado de ter feito gestos imitando um macaco na direção da torcida do Corinthians após a partida entre as duas equipes, terça-feira, pela Copa Sul-Americana. Preso em flagrante, ele foi levado imediatamente a uma delegacia e, na quarta-feira, em audiência de custódia, teve decretada a prisão preventiva.

Nesta quinta-feira, o desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal, analisou pedido de habeas corpus. "Não avisto violação à presunção de inocência, mas sim a presença de fortes indícios de autoria e de periculosidade social, em razão da gravidade concreta da conduta imputada ao paciente", destacou o jurista.

O Universitario, em nota, se manifestou contra as autoridades brasileiras. "Nas últimas horas, a honra de um profissional do nosso clube foi manchada. Sebastián Avellino foi tratado como criminoso no Brasil, passando a noite em uma prisão, o que consideramos um ato inadmissível, humilhante e ultrajante", escreveu o clube. Nas últimas horas, imagens circularam dando conta dos gestos do profissional.