Os impressionantes números de Lorena em cobranças de pênaltis na Seleção Brasileira
- Goleira foi fundamental na classificação do Brasil à semifinal olímpica
- Atleta pegou cobrança de Karchaoui ainda no primeiro tempo
Por Fabio Utz
Se Marta estava na arquibancada - havia sido expulsa no último jogo da fase de grupos e cumpria suspensão -, coube às suas companheiras, dentro das quatro linhas, levarem o Brasil à semifinal do torneio de futebol feminino das Olimpíadas de Paris. E, dentre todas as heroínas que vestiam verde-amarelo diante da França, neste sábado (3), uma delas em especial precisa ser destacada.
Não, não estamos falando de Gabi Portilho, que decidiu o duelo com gol aos 36 minutos (foi apenas o seu segundo tento pela Seleção Brasileira), Mas, sim, de Lorena. Ninguém discute a titularidade da goleira na equipe comandada por Arthur Elias. Só que ela é muito mais do que uma camisa 1 que faz seu papel ao longo dos 90 minutos. Se transformou em uma exímia pegadora de pênaltis.
Nas quartas de final dos Jogos Olímpicos, não foi diferente. Logo aos 15 minutos de jogo, um tiro livre poderia ter mudado o destino da partida realizada no Stade de la Beaujoire, em Nantes. Só que a cobrança de Karchaoui parou nas mãos da arqueira, que já tinha brilhado da mesma forma em partida contra o Japão, na fase de grupos. A partir deste lance, além de contar com a sorte de um cabeceio no travessão de Mbock, pegou tudo e mais um pouco, com a tranquilidade de quem sequer parecia estar enfrentando um rival que era o dono da casa.
Para quem pensa que isso é sorte, é melhor olhar para os números. Com a camisa da Seleção Brasileira, Lorena já teve 14 pênaltis batidos contra si. Ela defendeu nada menos que seis deles, e um outro ainda foi para fora. Dos últimos sete, somente um parou no fundo da rede. Contra fatos, não há argumentos, e a Espanha que não pense que vai ser fácil passar por essa gigante na semifinal. Não vai ser.