Inspirada em Ronaldo, atleta do Corinthians supera lesões e tem o sonho de ir para Tóquio
A atacante do futebol feminino do Corinthians, Adriana, tem usado a quarentena para treinar e também refletir sobre sua carreira. A jogadora, que passou por duas cirurgias nos joelhos, aproveita a pausa do futebol mundial para estudar a possível vaga na equipe olímpica de futebol feminino.
Durante uma live realizada junto com a ex-jogadora Milene Domingues, afirmou que Ronaldo Fenômeno se tornou sua principal inspiração de retorno da carreira.
“Assistir aos vídeos dele foi o que me ajudou bastante nesse momento que fiquei parada. Depois que cheguei perto do homem eu fiquei nervosa. As meninas brincaram para eu ficar menos nervosa, mas ele também estava nervoso (risos). Eu falei que era muito fã dele. Ele foi muito gente boa”.
Adriana começou sua trajetória no Piauí ao defender o Tiradentes. Com o manto do Rio Preto, sua primeira equipe fora da cidade natal, ela conseguiu conquistar dois títulos paulistas e chamou a atenção do Timão. Pelo Corinthians, a querida “Maga”, como era conhecida popularmente no Nordeste, foi campeã brasileira (2018), campeã paulista (2019) e campeã da Libertadores (2019).
“Sonho que eu queria era jogar no Corinthians, e isso pude realizar. Outro é jogar uma Copa ou Olimpíada com a Seleção. Ano que vem, se tiver oportunidade, que eu possa realizar esse sonho, que não é só meu, mas da minha família e todo mundo que torce por mim”.
Adriana revela que sente falta do futebol, mas está se acostumando com a rotina da quarentena. A atleta ainda teve que lidar com dois momentos difíceis na carreira: duas lesões que serviram para mostrar sua força.
A primeira delas aconteceu em 2016, dois meses antes do mundial sub-20. “Faltava tão pouco tempo para jogar uma Copa do Mundo, tive que superar essa lesão”. A segunda ocorreu no ano passado, em 2019, um dia antes da convocação para a Copa do Mundo da França. Diante disso, a jogadora viu sua vida mudar em um piscar de olhos, mas encontrou determinação para seguir em frente.
Depois da tempestade, sempre vem o arco-íris e foi isso o que exatamente aconteceu com Adriana após a retomada aos gramados depois das lesões. “Nos primeiros três jogos senti um pouco. Eu estava um pouco fora de ritmo. Depois de cinco jogos, estava me sentindo muito bem. O pessoal dizia que nem parecia que tinha me machucado. Eu estava muito bem e voltei a jogar com o ritmo de antes. Tive quatro jogos, se não me engano, depois da lesão, e tirou aquele peso. Tira um caminhão das costas. Tudo está voltando ao normal”.
Mesmo com os desafios da carreira, a atleta elegeu seu ‘Top 3’ de momentos inesquecíveis. O primeiro foi o título conquistado com o Vila sobre o Santos. O segundo deles aconteceu em 2018, na final do Brasileirão com o Rio Preto, além de Adriana ser eleita a melhor jogadora do Brasil. Para encerrar o ciclo de emoções, o terceiro momento levou em consideração o peso de carregar a camisa amarela número 10, onde a atleta olhou fundo diante da responsabilidade.