Iranianos recebem ameaça antes de jogo decisivo contra os Estados Unidos na Copa do Mundo; entenda

Duelo entre Irã e Estados Unidos também reacendeu várias discussões geopolíticas
Duelo entre Irã e Estados Unidos também reacendeu várias discussões geopolíticas / Visionhaus/GettyImages
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Irã e Estados Unidos entram em campo nesta terça-feira, 29 de novembro, para decidir quem avança às oitavas de final da Copa do Mundo. Em paralelo ao que está prestes a acontecer dentro das quatro linhas, os bastidores da partida ganham contornos polêmicos. Um funcionário da segurança do Mundial do Catar afirmou que os iranianos foram alertados de que suas famílias podem sofrer as consequências caso os atletas se manifestem de alguma maneira.

Mehdi Taremi, atacante do Irã
Irã busca vaga nas oitavas / Marvin Ibo Guengoer - GES Sportfoto/GettyImages

Na estreia do Irã no Catar, os jogadores se recusaram a cantar o hino nacional do país. A atitude, segundo uma fonte da CNN, resultou em uma tensa reunião com membros do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (CGRI). Na ocasião, os atletas foram avisados que seus familiares poderiam sofrer "violência e tortura" se os convocados deixassem de cantar o hino nacional novamente ou manifestassem de alguma outra forma contra o regime do Teerã.

Na segunda partida, os iranianos cantaram o hino, mas se ajoelharam em protesto. Carlos Queiroz, técnico do time nacional, se reuniu separadamente com oficiais do CGRI, mas o conteúdo da conversa não foi revelado. Anteriormente, o treinador da seleção asiática havia afirmado que seus comandados poderiam protestar, mas apenas dentro dos regulamentos da Fifa. A notícia acende o alerta para eventuais novas manifestações logo mais.

Carlos Queiroz, técnico do Irã
Carlos Queiroz é técnico do Irã / FADEL SENNA/GettyImages