Jogadora brasileira denuncia assédio no Barcelona: 'Situações humilhantes durante meses'
Por Daniel Farias
Uma grave denúncia agitou os bastidores do futebol feminino mundial. A jovem atacante brasileira Giovana Queiroz, de apenas 18 anos, publicou em seu perfil oficial no Twitter uma carta aberta ao presidente do Barcelona. Em suas palavras, a jogadora, que atualmente está emprestada pelo Barça ao Levante, também da Espanha, denuncia comportamentos abusivos sofridos em sua passagem pelo clube catalão.
De acordo com Gio, uma das razões centrais para esses abusos seria a sua presença na Seleção Brasileira de futebol feminino. "Primeiro recebi indicações de que jogar pela seleção brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube . Apesar do desagradável e persistente assédio, não dei muita importância e atenção ao assunto", disse a brasileira que tem dupla nacionalidade espanhola e jogou durante toda a sua carreira no futebol do país europeu.
A carta aberta publicada por Gio apresenta algumas acusações, mas não detalha todos os episódios. De acordo com apuração realizada pelo portal ge, "no documento enviado à presidência do Barcelona há a exposição de tudo que foi feito por dirigentes do clube contra a atleta, diversos elementos que não chegaram a ser colocados na carta aberta." Ainda de acordo com a jogadora, métodos arbitrários teriam sido utilizados com o objetivo de prejudicar sua carreira na equipe.
A atacante ainda relatou um episódio envolvendo um isolamento suspeito imposto pela equipe catalã a ela. "Como a ordem médica era contrária ao protocolo sanitário, contatei diretamente a secretaria de saúde da Catalunha e pedi esclarecimentos. A resposta foi clara e contundente: meu caso não era e nem poderia ser considerado como contato segundo o protocolo." A jogadora chegou a perder uma partida por conta desse período de isolamento.
As acusações estavam direcionadas principalmente a um diretor do clube. Na carta, Gio Queiroz deixa clara sua insatisfação com os acontecimentos por ela relatados. "Foram situações humilhantes e vergonhosas durante meses dentro do clube. Ficou claro que ele queria destruir minha reputação, minar minha auto-estima, degradar minhas condições de trabalho e subestimar minhas condições psicológicas."