5 jogadores que disputam a Euro 2024 e poderiam estar na Copa América
- Lista considera aqueles que possuem dupla nacionalidade e três deles são brasileiros
- Atual regra da FIFA permite atuar por apenas uma seleção em jogos oficiais
Por Bia Palumbo
A Eurocopa 2024 é a principal competição de seleções da Europa, chamada por alguns de "Copa do Mundo sem Brasil e Argentina". Pensando nisso, o 90min preparou uma lista de jogadores que disputam a Euro na Alemanha e não nasceram no Velho Continente ou com raízes no continente americano e por pouco não poderiam estar na Copa América. O torneio organizado pela Conmebol começa nesta quinta-feira (20) e terá representantes da América do Norte, Central e do Sul.
1. Pepe (Portugal)
Natural de Maceió (AL), o experiente defensor deixou o Corinthians Alagoano ainda nas categorias de base para assinar com o Marítimo (Portugal) e depois disso jamais saiu da Europa. Atuou no Real Madrid (Espanha) e Besiktas (Turquia), mas foi em solo lusitano que ele viveu a maior parte de sua trajetória. Estreou na seleção em 2007, disputou quatro edições de Copa do Mundo (2010, 2014, 2018 e 2022).
2. Mateo Retegui (Itália)
San Fernando, na região de Buenos Aires (Argentina) é onde nasceu o atacante de 25 anos que disputou a última temporada pelo Genoa (Itália), marcou nove gols e deu três assistências. Ele desembarcou no Velho Continente em julho de 2023 e firmou contrato até 2027. Chegou a atuar na seleção sub-19 da Argentina, mas em março de 2023 aceitou o convite para servir a Azzurra.
3. Matheus Nunes (Portugal)
Meio-campista foi chamado para ocupar a vaga do compatriota Otávio, que é paraibano de João Pessoa e sofreu uma lesão muscular em jogo do Al Nassr (Arábia Saudita). Em 2021 o agora atleta do Manchester City esteve em uma lista de Tite para as Eliminatórias e até comemorou a convocação nas redes sociais, porém voltou atrás e estreou meses depois com a camisa lusitana.
4. Ivan Toney (Inglaterra)
Atacante de 28 anos nascido em Northampton, no Reino Unido, tem ascendência jamaicana por parte de mãe e chegou a ser cotado para defender a seleção caribenha, mas escolheu o English Team, afinal construiu toda a carreira em solo inglês. Desde setembro de 2020 está no Brentford, onde é titular absoluto, e tem contrato até junho de 2025.
5. Jorginho (Itália)
Catarinense de Imbituba, se diz torcedor do São Paulo e disputa em 2024 a segunda Eurocopa de sua carreira - em 2021 sagrou-se campeão. Formado no Hellas Verona (Itália), atuou no Napoli e depois foi para o futebol inglês, onde passou por Chelsea e Arsenal, onde está até hoje. Ao contrário de outros, o camisa 8 que com frequência é capitão de seu time ou seleção, quase vestiu a amarelinha. "Ele falou com a Seleção Brasileira. Pediram para esperar, mas ia esperar até quando? A carreira de jogador é curta. A seleção italiana estava chamando para jogar. Ele queria, mas não foi culpa dele", declarou a mãe, Maria Tereza, em entrevista ao site ge.globo.
Atualmente, desde 1966, a FIFA só permite que atletas defendam uma seleção em jogos oficiais. A naturalização esportiva é permitida mediante algumas regras que foram atualizadas ao longo do tempo. Ou seja: nas categorias de base ou em amistosos é possível servir um país e "trocar de camisa" desde que comprove ascendência e siga as exigências estipuladas pela entidade máxima do futebol.