Em jogo tenso com pênaltis e expulsões, Juventude elimina Internacional e está nas oitavas da Copa do Brasil

  • Clássico teve três pênaltis, sendo que dois foram defendidos e um foi anulado
  • Torcedor invadiu campo e rendeu cartão vermelho para Alan Ruschel
Rodrigo Sam anotou o gol do Juventude
Rodrigo Sam anotou o gol do Juventude / Foto: Donaldo Hadlich/Código19/Gazeta Press
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O Juventude se classificou para as oitavas de final da Copa do Brasil neste sábado (13) e agravou a crise do Internacional após um clássico eletrizante no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS). A já tradicional neblina atrasou o pontapé inicial em cerca de 1h20 e a arbitragem teve bastante trabalho quando a bola rolou.

O placar terminou 1 a 1, sendo que Rodrigo Sam colocou os donos da casa na frente e Enner Valencia deixou tudo igual. O equatoriano marcou na segunda vez que foi para a marca da cal, afinal na primeira Gabriel Vasconcellos defendeu. O árbitro voltou atrás porque Abner invadiu, então o camisa 13 mudou o canto e balançou a rede. Antes disso o goleiro já tinha pego outra penalidade batida por Alan Patrick.

"Difícil achar explicação para o torcedor. Eliminação é duro, estamos frustrados. Tentamos de todas as maneiras. A história poderia ter sido diferente se não tivesse perdido o pênalti. Precisamos assumir a responsabilidade. Não há tempo para lamentar, terça já tem outro jogo e nos unir para se levantar."

Alan Patrick, do Inter

Logo após Gabriel pegar o chute de Enner Valencia houve a invasão de campo de um homem adulto trajando agasalho do Inter. Ele foi em direção ao atleta do Colorado, mas o Alan Ruschel, do Ju, tentou contê-lo e acabou atingindo o torcedor. Após ser alertado pelo VAR o árbitro mostrou o cartão vermelho para o camisa 28 do Papo.

O Colorado ficou cerca de 20 minutos com vantagem numérica, mas não aproveitou. Após confusão no meio de campo perto da linha lateral o zagueiro Vitão atingiu Gabriel Taliari e também foi expulso.

"Chegamos no estádio 2:30 da tarde e a neblina não deixou a gente começar o jogo. São situações adversas que fogem do nosso controle. Grupo se manteve concentrado, foi um jogo difícil diante de uma grande equipe. Parabéns ao grupo. Hoje aconteceram coisas em campo que nunca tinha visto na minha carreira, como um torcedor invadir, tentar agredir jogador deles e acabar agredindo um dos nossos... O que a gente faz nesse momento, apanhar e não fazer nada? Sou contra violência, mas precisa ser feito alguma coisa porque a gente precisa ser protegido enquanto atleta. A gente continuou, arriscando que outros torcedores invadissem. O Inter tem que voltar pra casa, tem as famílias, os filhos... Algo precisa ser feito porque não é normal um torcedor agredir e tudo continuar como se nada tivesse acontecido. A gente precisa pensar porque o futebol é uma coisa tão preciso para o nosso país e que gera tantos empregos. Que as autoridades possam refletir mesmo porque isso não é normal. Estou construindo uma linda história no Juventude. Agradeço a Deus pela oportunidade de vestir a camisa do Juventude, por estar nessa cidade e a gente estar vivendo algo lindo e espero continuar com muito trabalho e dedicação. Só Deus sabe o que enfrentei nos últimos meses no ano passado."

Gabriel Vasconcellos, do Juventude

Este foi o primeiro jogo do Inter desde a saída do técnico Eduardo Coudet. São seis jogos sem saber o que é vitória - a mais recente foi o 1 a 0 no Grenal em 22 de junho.

Últimos seis jogos do Internacional

3 empates
3 derrotas
6 gols marcados
9 gols sofridos

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