Jorge Jesus nota ‘diferenças óbvias’ entre Flamengo e Benfica e colhe frutos de sua ida para Portugal
Por Antonio Mota
Um dos maiores treinadores da história do Flamengo, o técnico Jorge Jesus ainda não se encontrou no Benfica. Desde sua chegada, no meio do ano passado, os Encarnados foram eliminados nos playoffs da Champions League, perderam a Supertaça de Portugal para o arquirrival Porto e recentemente deixaram escapar a vice-liderança do Campeonato Português.
Diante deste cenário de frustrações e instabilidade, inclusive com os benfiquistas pedindo sua saída nas redes sociais, o Mister tem lembrado cada vez mais dos tempos de glória no Mais Querido e na América do Sul. Recentemente, em sua última entrevista coletiva, o técnico comparou o período no Rio de Janeiro com a fase atual em Lisboa:
“Neste momento, estava numa fase da minha carreira em que podia ser campeão do mundo. Se tivesse sido, seguramente que era mais muito mais valorizado, porque tinha ganho todas as competições internacionais. É uma diferença grande, como é óbvio”, comparou Jorge Jesus, acrescentando sobre as projeções de cada clube em seus respectivos continentes.
“Em Portugal, não vou ganhar a Champions (League), tenho a certeza disso, principalmente este ano (2020/21) em que nem lá estamos. A diferença é enorme”, completou o Mister, dando a entender de que poderia voltar a conquistar a Conmebol Libertadores com o Flamengo.
De fato, seja o momento bom ou ruim, o Benfica precisaria de um verdadeiro milagre para ganhar a Champions League – em outra temporada, no caso, uma vez que já foi eliminado do torneio no calendário atual. E Jorge Jesus sabe disso há muitos anos. Lá, ele corre por fora, enquanto aqui seria um dos favoritos. Esta é a pura verdade.
Com o Flamengo, o Mister teria plenas condições de erguer mais uma taça da Conmebol Libertadores e continuaria brigando por outras competições – Estadual, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e por aí vai –, o que não parece acontecer em Portugal.
Com o Flamengo, o Mister teria plenas condições de erguer mais uma taça da Libertadores e continuaria brigando por outras competições – Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e por aí vai –, o que não parece acontecer em Portugal. Assim, pesando tudo e observando o momento, não há como falar que ele errou (a escolha era pessoal), mas, sim, que ele “abriu mão”.
Em resumo, Jorge Jesus provavelmente estaria melhor aqui no Brasil do que está lá em Portugal, mas ele decidiu ir e agora está colhendo os frutos.
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