Justiça brasileira nega pedido de extradição de Robinho, condenado a nove anos de prisão por violência sexual
Por Fabio Utz
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Mais um capítulo do 'caso Robinho'. A Justiça brasileira negou o pedido de extradição do atacante de 38 anos, condenado na Itália a nove anos de prisão por violência sexual. A decisão, conforme apuração da agência de notícias Ansa, se deu com base na Constituição Federal de 1988.
Robinho não pode ser extraditado. A Constituição não permite. Deve sim é cumprir sua pena aqui. O que não pode, definitivamente, é não pagar pelo crime nojento que cometeu na Itália. https://t.co/vo6nHch46k
— Marcelo Falci (@marcelo_falci) November 3, 2022
A lei brasileira, atestam juristas, é clara em seu Art. 5º, inciso LI. Existe a vedação para a extradição de brasileiros natos. Diante deste cenário, é provável que o Ministério de Justiça italiano, autor da solicitação ocorrida no início do mês de outubro, venha a requerer o cumprimento da pena no Brasil.
Ao UOL, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, disse que já esperava por essa decisão. "Conhecíamos a Constituição brasileira. Agora esperamos que a pena seja executada no Brasil, mas sem que haja a necessidade de se fazer um outro processo para isso", destacou. Já o responsável pela defesa de Robinho na Itália, o advogado Alexander Gutierres, afirmou que não poderia comentar o assunto.