Laïdouni, goleiros e a torcida: os destaques de Dinamarca x Tunísia, pela Copa do Mundo
Por Lucas Humberto
A expectativa pela estreia da Dinamarca era grande. Vindo de um ciclo interessante, com direito a semifinal de Euro e domínio nas Eliminatórias, o time nacional europeu era favorito contra a Tunísia. Mas, o que o estádio Education City testemunhou, foi uma das partidas mais mornas da Copa do Mundo do Catar até aqui - pelo menos em termos esportivos. Não por acaso o embate terminou empatado sem gols. Ainda assim, houveram destaques. Abaixo, nós listamos sete.
1. Protesto inicial
A Dinamarca demonstrou sua insatisfação com a realização da Copa do Mundo no Catar em incontáveis oportunidades. Na estreia, a equipe de Hjulmand entrou em campo com um uniforme sem o escudo aparente. A intenção da seleção é passar desapercebida em forma de protesto contra as várias violações aos direitos humanos por parte do país-sede.
2. Aïssa Laïdouni
Não seria nada surpreendente eleger Aïssa Laïdouni como o melhor em campo. Implacável na faixa central da Tunísia, o meia do Ferencváros, da Hungria, deu uma notável exibição de inteligência, marcação e investidas ofensivas. Alguns dos melhores e mais agudos lances da equipe africana passaram pelos pés do volante.
3. Kasper Schmeichel e Aymen Dahmen
As grandes performances de Kasper Schmeichel com a camisa da Dinamarca passam longe de ser novidade. Desta vez, o experiente goleiro brilhou com uma defesa à queima-roupa para manter o placar em 0 a 0 ainda no primeiro tempo. No segundo, foi a vez de Aymen Dahmen defender uma bomba de Eriksen. Grande dia dos arqueiros!
4. Torcida da Tunísia
Em Copas, os 22 homens que estão dentro das quatro linhas podem ser apenas detalhes. Por vezes, o show acontece mesmo nas arquibancadas. Foi este o caso da torcida da Tunísia, que deu 101% de si ao longo dos 90 minutos. Em campo, os atletas sentiram a sintonia e vibraram por cada lance, incluindo os mais simples. É Mundial em seu estado puro.
5. Youssef Msakni
Está precisando de um driblador? Basta chamar
Youssef Msakni. Com bastante futebol e pouquíssima mídia, o experiente atacante do Al-Arabi, do Catar, funcionou como a válvula de escape de uma Tunísia que precisava muito do seu lado esquerdo. Bom passe e tomadas de decisões precisas estiveram entre os trunfos do ponta.
6. Andreas Cornelius
Das soluções que vêm do banco de reservas? Em um dia de menos inspiração do que se esperava de Christian Eriksen, Andreas Cornelius, centroavante do Copenhague, levou bastante perigo e dinâmica aos metros finais. Não por acaso a grande chance dos europeus no segundo tempo veio da cabeça dele, mas não encontrou o fundo da rede.