Laporta se pronuncia pela primeira vez sobre adeus de Messi; entenda o cenário que impediu renovação do contrato
Por Fabio Utz
O presidente do Barcelona, Joan Laporta, falou pela primeira vez a respeito do adeus de Lionel Messi ao clube espanhol. Segundo o dirigente, questões econômicas impediram a renovação de contrato. Elas, no entanto, não passam por exigências do jogador, e sim por dificuldades da própria instituição.
"Queríamos que o "pós-Messi" começasse em dois anos, mas não foi possível. Temos que conseguir que o Barça, sem Messi, siga dando alegrias aos torcedores."
- Joan Laporta, presidente do Barcelona
Laporta fez questão de dizer que, independentemente da saída de um dos maiores jogadores da história, o Barça é maior do que tudo. "Somos uma instituição com 122 anos de história, que está acima de tudo, de todos os jogadores, inclusive do melhor jogador do mundo, do presidente. Ele nos deu tanta coisa e estaremos agradecidos eternamente. Decidimos não renovar por conta da situação econômica em que se encontra a entidade", disse.
Conforme o dirigente, Messi fez de tudo para seguir no clube e tinha esse desejo. Inclusive, tinha se colocado à disposição para espaçar o tempo para receber valores que seriam acordados. Porém, nem isso ajudou, e a tendência é de que, em breve, ele seja anunciado por outro time. "Não quero gerar falsas expectativas. Há um tempo limite, e o jogador tem outras propostas. Léo colocou todas as facilidades possíveis: jogar dois anos, e o pagaríamos em cinco", completou.
O CENÁRIO ATUAL DO BARCELONA
No início da semana, o Barcelona solicitou uma flexibilidade maior para a La Liga em relação ao seu Fair Play financeiro. Neste caso, teria abertura em sua folha salarial para registrar o novo contrato de Messi e, assim, mantê-lo no clube. Houve a negativa por parte de quem administra o futebol espanhol.
"A inscrição de Léo passava por aceitar uma operação que não era interessante para o Barça. Entendemos que não tínhamos que aceitar uma hipoteca dos direitos televisivos do clube durante meio século."
- Joan Laporta, presidente do Barcelona
Por isso, há quem diga que o Barça rejeitou, de forma proposital, um acordo firmado por La Liga com o fundo de investimento CVC Capital para a injeção de praticamente 2,7 bilhões de euros na competição. Sem Messi, a atração do campeonato fica naturalmente menor, o que poderia prejudicar os interesses dos investidores.
Este "fim" de casamento com o argentino seria apenas uma espécie de pressão? Tem gente apostando nisso, para que o time culé obtenha abertura no Fair Play financeiro, ainda fique com o argentino e, daí sim, possa apoiar o acordo citado.