Leila Pereira critica acordo do São Paulo com TJD em caso envolvendo Abel Ferreira: "Precedente complicado"
- Presidente palmeirense participou do programa "Mais Você"
- Dirigente se mostrou bastante revolvada com o acordo entre as partes
Por Matheus Nunes
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, manifestou insatisfação em relação ao acordo celebrado entre o São Paulo e o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) após um episódio envolvendo o técnico Abel Ferreira.
Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, divulgou um vídeo pedindo desculpas nove dias após ter proferido ofensas contra o treinador português. O TJD validou um acordo com o Tricolor, que resultou na dispensa de julgamento e punição para os jogadores e dirigentes denunciados. Essa decisão causou um profundo desconforto no Verdão.
Durante sua participação no programa "Mais Você", nesta quinta-feira (14), a mandatária alviverde enfatizou a importância da imparcialidade no tratamento de casos disciplinares no futebol. Ela pontuou que Abel é rotineiramente punido por supostos excessos, enquanto, no caso do Tricolor, esperava-se um julgamento justo e consequente punição aos envolvidos, sem a possibilidade de acordos que, segundo ela, poderiam permitir desculpas falsas e abrirem precedentes negativos.
"Quando ele (Abel) comete alguns excessos, ele é punido por isso. Isso que é importante, porque recentemente aconteceu um fato com um rival nosso e, o que nós esperávamos, era um julgamento, que eles fossem punidos, assim como o Abel sempre é punido"
- Leila Pereira, presidente do Palmeiras
O acordo, homologado na última terça-feira, envolveu uma multa financeira para o São Paulo, estimada em cerca de R$ 200 mil. Julio Casares, presidente do Tricolor, Carlos Belmonte e o diretor-adjunto Fernando Bracalle Ambrogi, conhecido como Chapecó, arcarão pessoalmente com a multa. Já as indenizações destinadas a Calleri, Rafinha e Wellington Rato, bem como a multa do auxiliar técnico Estéphano Djian, serão suportadas financeiramente pelo clube paulista.
"O que não pode acontecer são pedidos de desculpas falsos. Isso abre precedentes complicados, porque é só você pagar uma multa e está tudo bem. Fiquei muito revoltada com o acordo que fizeram. Eu esperava que os dirigentes e os jogadores fossem julgados como o Abel e o Palmeiras sempre é."
- Leila Pereira, presidente do Palmeiras