Limite de trocas imposto a clubes e treinadores do Brasileirão é um convite ao bom senso
Por Fabio Utz
A farra das trocas de técnico ao longo do Campeonato Brasileiro acabou. É bem verdade que a decisão por limitar esse artifício foi bem apertada entre os participantes da Série A (11 a 9), mas no fim prevaleceu a ideia que, sim, deveria vingar. A partir de agora, dirigentes e os próprios treinadores terão que adequar suas "rotinas". Para o bem do futebol.
Por parte dos clubes, mudar o comando de forma desmedida era a chamada "opção mais fácil". Sim, a falta de planejamento e de convicção respingava do lado mais frágil. Sob o argumento de que "é mais fácil mudar um do que mudar onze", os cartolas, quando viam seu time em apuros, optavam pela demissão do comandante, muitas vezes, para satisfazer a torcida e "tirar o seu da reta". Não tem mais essa. Ou os dirigentes aprendem, ou terão que arcar com as consequências de escolhas mal feitas.
O técnico, aliás, também não é "santo". Quantas vezes um profissional já optou por mudar de emprego, em meio ao Brasileirão, de olho em um salário maior ou em um contrato mais longo? Alguns, depois, se arrependem, é bem verdade, e morrem abraçados com quem o contratou. Isso também passa a estar fora de cogitação por conta da possibilidade de se ficar longe do mercado por algum tempo.
Claro, todos nós sabemos que, em muitas ocasiões, o trabalho não surte o efeito desejado e o clube precisa demitir um profissional. Ou que, por vezes, o próprio treinador não se sente à vontade no cargo e pede para sair. Mas isso não pode se repetir em profusão. Limitar em uma demissão por equipe e por profissional está de bom tamanho. Só, o que se espera, é que as partes não deem um jeito de burlar essa regra.
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