Lisca, por merecimento, deveria iniciar 2021 com a chance de subir um degrau em sua carreira e se consolidar

Lucas Uebel/Getty Images
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O técnico Lisca está, sem dúvida alguma, entre os grandes personagens do futebol brasileiro em 2020. Ao levar o América-MG até a semifinal da Copa do Brasil (eliminando Corinthians e Internacional e só parando no Palmeiras), fez história. Além disso, faltando ainda sete jogos para o término da Série B, já coloca seu time com a mão na vaga para retornar à elite nacional (é segundo colocado, com 12 pontos a mais que o primeiro clube fora da zona de classificação). E isso, claro, precisa ser valorizado.

Ainda quando buscava um lugar em equipes profissionais, Lisca já se destacava por seu conhecimento tático e pela forma com que armava suas equipes. Pois agora, por merecimento, tem novamente espaço aberto para treinar um time de maior expressão nacional. É chegado, sim, o momento de iniciar um trabalho junto a um "gigante". Talvez, nos mais poderosos, as portas ainda estejam fechadas para a mudança de comando, mas há clubes, obviamente, que precisam de uma reestruturação.

Será que no Fluminense, por exemplo, ele não seria capaz de dar seguimento ao que foi proposto por Odair Hellmann? Será que no Vasco da Gama (se não cair) ele não teria lugar para ser um expoente para construir uma ideia nova de futebol? Minha resposta, para as perguntas é "sim". Mesmo que, por vezes, a excentricidade ainda tome conta da personalidade do profissional, estar em um ambiente de potências do esporte talvez até contribua para que seu outro lado prevaleça de forma incontestável. Lisca precisa, sim, escolher a dedo o que quer para o futuro. O que não precisa é dar um salto maior que as pernas e se quebrar. Carreira se constrói com um passo de cada vez. E as portas, sim, tendem a se abrir para que ele suba mais um degrau. É merecido.

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