Luis Rubiales vai a julgamento por beijo em Jenni Hermoso após final da Copa do Mundo Feminina
- Camisa 10 da seleção virou pivô de um caso de assédio
- O magistrado também tenta investigar a tentativa de influenciar a narrativa em favor de Rubiales
Por Raisa Lima
A Justiça espanhola quer ouvir Luis Rubiales, ex-presidente da RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol) sobre o beijo dado em Jenni Hermoso após a final da Copa do Mundo Feminina, em 20 de agosto de 2023.
Segundo o jornal espanhol Marca, Francisco de Jorge, da Audiencia Nacional, argumenta que o ato não foi consensual, tendo sido uma iniciativa unilateral do ex-dirigente e postura surpreendente que afetou a atleta. De acordo com os autos do processo, "o caso gerou uma situação de ansiedade e intenso estresse" na jogadora de 33 anos que defende o Tigres (México).
Além disso, há indícios de uma ação coordenada de três envolvidos para pressionar Hermoso a gravar um vídeo declarando que o beijo foi consensual. Por isso, o juiz também envolve no processo o diretor esportivo da seleção espanhola, Albert Luque, o ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, e o gerente de marketing da RFEF, Rubén Rivera.
Os desdobramentos legais do caso podem resultar em julgamento com implicações significativas para Rubiales. Ele renunciou ao cargo na RFEF em setembro do ano passado e enfrenta uma suspensão de três anos pela FIFA desde outubro, com a proibição de se envolver em atividades relacionadas ao futebol. O julgamento também vai esclarecer as responsabilidades legais dos envolvidos e as eventuais penalidades a serem impostas.
Jenni Hermoso chegou a ficar dois meses longe da seleção e trocou de clube (deixou o Pachuca e assinou com o Tigres), mas quando voltou fez gol da vitória por 1 a 0 sobre a Itália na Liga das Nações Feminina, em outubro.