Luxemburgo estuda adotar rodízio no Palmeiras, mas faz 'ressalva' sobre cinco substituições
Por Nathália Almeida
Veterano e com uma perspectiva mais clássica do futebol, Vanderlei Luxemburgo nunca escondeu que gosta de trabalhar com uma equipe titular fixa bem definida, para melhor construção de entrosamento e incentivo maior à competição entre atletas. Contudo, o treinador do Palmeiras poderá abrir mão dessa 'convicção' quando o calendário nacional retornar, por conta da provável 'maratona' que os clubes brasileiros terão que encarar após a longa paralisação.
Em entrevista concedida ao Globoesporte.com, o treinador alviverde admitiu que já estuda a possibilidade de implementação de um rodízio no elenco alviverde, com objetivo de prevenir lesões por desgaste físico e recuperação de jogadores. O intervalo entre partidas será menor, cenário que exige um planejamento específico e trabalho fisiológico em dia:
"Na minha apresentação, falei que gosto de ter um time titular, a competição interna. Sem competição interna, não vai. É normal querer crescer, o que está na reserva tem que brigar para ser titular. Mas nesse momento, com a pandemia, com esse achatamento de datas, o elenco terá que ser muito usado. Então talvez eu tenha que fazer rodízio mais frequente. Com as cinco substituições, talvez eu possa fazer um rodízio mais qualificado. Mas tudo está sendo estudado", afirmou.
Ao ser perguntado sobre a implementação de cinco substituições, o comandante expôs sua opinião: "Eu sou favorável, mas com uma interrogação. As três paradas não estão determinadas de quando pode pedir. Esse foi o maior erro da FIFA (...) Mas deveria ser, das cinco, fazer três até os 25 minutos do segundo tempo. Se você não fez, fica proibido de fazer mais duas. Isso porque eu posso não fazer substituição e aí dos 35 em diante eu paro aos 40, aos 45. Aí eu não estou beneficiando o jogo, estou usando isso como cera", concluiu.
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